Artigo

O Papel da Tecnologia no Futuro da Alimentação   

7º Congresso da Indústria Portuguesa Agro-Alimentar

Relatório

O EAT – Lancet report, publicado a 17 de Janeiro de 2019, é o resultado de um trabalho de três anos realizado por uma equipa de 37 especialistas.

O relatório destaca a necessidade de uma transformação de hábitos de consumo e dos sistemas de produção e distribuição dos alimentos para conseguir alimentar, de forma saudável e sustentável, uma população de 10.000 milhões de pessoas, em 2050.

A Deloitte tem procurado materializar as conclusões resultantes do estudo em soluções concretas para a industria de produção e distribuição alimentar.

A Deloitte também está no processo de criação de um diagnóstico para clientes do sector agroalimentar, de forma a rapidamente perceberem:

  • O futuro de cada sector e subsector económico
  • A posição atual das empresas quando comparada com as metas analisadas no relatório
  • Potenciais medidas a tomar de forma a maximizar a preparação das empresas.

O estudo destaca também três ações-chave para alcançar uma dieta global saudável servida por um sistema alimentar sustentável:

  • Alteração dos hábitos alimentares
  • Avanços tecnológicos
  • Redução de desperdícios.

 

Na apresentação “O Papel da Tecnologia no Futuro da Alimentação”, realizada durante o 7º Congresso da Indústria Portuguesa Agro-Alimentar, identificámos as sete áreas onde a tecnologia está a trazer maior impacto na cadeia de valor agroalimentar:

  • AgTech: tecnologias de suporte à exploração agropecuária focadas no aumento da sua eficiência e sustentabilidade
  • Nova geração de alimentos: desenvolvimento de novos tipos de alimentos com ingredientes-base alternativos e com propriedades nutricionais personalizadas
  • Processamento de alimentos: novas técnicas usadas na transformação alimentar que oferecem maior eficiência e menor desperdício na utilização de recursos
  • Segurança alimentar e rastreabilidade: soluções mais rápidas e precisas para  garantir a segurança e higiene dos alimentos, seja para avaliar a frescura, prolongar a vida do produto ou detetar a presença de alérgenos
  • Smart kitchen: ferramentas e modelos de negócio que permitem uma gestão mais eficaz dos recursos e técnicas de cozinha, em casa e na restauração
  • Novos modelos de distribuição e entrega: criação de novos métodos e serviços de distribuição assentes no equilíbrio do mercado, redução de desperdício, garantia de qualidade, conveniência e personalização
  • Gestão de desperdício: prolongamento do ciclo de vida dos recursos alimentares e desenvolvimento de técnicas de reaproveitamento e valorização do desperdício.

O progresso tecnológico tem tido um impacto decisivo no aumento da produtividade agrícola e no combate à subnutrição. Enfrentamos hoje, contudo, um desafio geracional para promover dietas mais saudáveis e garantir a sustentabilidade futura dos sistemas alimentares.

A inovação tecnológica terá um impacto decisivo no setor, em particular na redução da respetiva pegada ambiental. Centenas de empresas trabalham, atualmente, em milhares de inovações ao longo de toda a cadeia de valor, do prado ao prato, para garantir a sustentabilidade dos sistemas alimentares do futuro.

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