Comunicados de Imprensa

África Austral concentra o maior número de projectos de construção do continente

Africa Construction Trends 2017

  • Número de projectos de construção em África cresceu 5,9%, mas decresceu em valor, face a 2017
  • África Austral é a região com mais projectos (93) e África Ocidental com os projectos mais valiosos (98,3 mil milhões de dólares)
  • Sectores dos transportes e imobiliário reúnem maior número de projectos
  • Governos lideram a promoção e financiamento de projectos de construção em 2017

LUANDA, 07 de Fevereiro de 2018 — Em 2017, o sector da construção em África registou um crescimento de 5,9% no número total de projectos (de 286 para 303), embora em termos de valor tenha decrescido 5,2% face ao ano anterior, fixando-se agora nos 307 mil milhões de dólares, revela o estudo anual “Africa Construction Trends 2017” da Deloitte. A região da África Austral foi a que reuniu o maior número de projectos (93), enquanto a região da África Ocidental fixou os mais valiosos (total de 98,3 mil milhões de dólares).

Embora o número de projectos na África Austral tenha crescido de 85 para 93 (9,4%), o valor dos mesmos diminuiu de 93,5 para 89,7 mil milhões de dólares (4,1%), um resultado influenciado pela suspensão da construção da refinaria do Lobito, em Angola. Grande parte dos projectos de construção nesta região estão localizados na África do Sul (47%), em Angola (14%) e Moçambique (13%).

“Os países africanos continuam a ser afectados por um conjunto de factores externos e internos com impacto, não só no crescimento económico, mas também o sector da construção. Enquanto em 2016 se atingiu o ponto mais baixo do abrandamento económico, é expectável que a expansão económica para a região da África Subsariana atrase o crescimento do continente em 2017, mas que recupere até cerca de 3,4% em 2018”, afirma Joaquim Oliveira, Senior Manager da Deloitte. “Este cenário continua a afectar a confiança dos investidores, bem como os orçamentos para os projectos de infra-estruturas, conforme o nosso estudo evidencia.”

Uma das tendências identificadas no estudo é o aumento do número de projectos de menor dimensão, entre os 50 e 500 milhões de dólares, os quais representam 64% do total (193 dos 303). Esta situação deve-se ao facto de os projectos de pequena dimensão serem mais simples de concretizar, face a projectos de maior dimensão, onde a necessidade de articulação dos vários intervenientes no processo (entidades financiadoras, empresas de construção, Governos, entre outras) é mais complexa, conduzindo a um prazo mais alargado para a sua concretização.

Sectores dos transportes e imobiliário dominam

De acordo com o estudo da Deloitte, o sector dos transportes foi o que reuniu o maior número de projectos de construção no continente africano (36%), seguido pelo imobiliário (22%) e energia (19%). Embora a percentagem de projectos no sector do petróleo e gás tenha permanecido baixa (4%), este destaca-se como o mais valioso, representando 25% do valor total (76,9 mil milhões de dólares) do continente.

Na África Austral, o sector imobiliário foi aquele que apresentou o maior número de projectos (29%) em 2017, seguido pelo sector da energia (25%). Contudo foi o sector dos transportes que registou o maior crescimento, cerca de 24%, um resultado que esteve ligado à construção de quatro novos projectos, dois dos quais em Angola (modernização do aeroporto Maria Mambo Café, em Cabinda, e reabilitação da estrada Quitexe - Ambuíla - Quipedro).

Governos com participação na maioria dos projectos

Os Governos continuam a ser responsáveis pela promoção da maioria dos projectos de construção em África (73%), mas também as entidades que mais financiaram (27%). As empresas nacionais privadas surgem em segundo lugar, como promotores de 13% dos projectos. Em relação ao financiamento, a China ocupa a segunda posição, com 16%, seguida das empresas privadas, com 15%, e das Instituições Financeiras de Desenvolvimento, com 13%.

No caso particular da África Austral, verifica-se a mesma tendência que no restante continente. A grande maioria dos projectos foi promovida pelos Governos (60%) e empresas nacionais privadas (26%). Analisando o financiamento, existe um maior equilíbrio entre os Governos e as empresas privadas, com 32% e 26%, respectivamente.

“É interessante analisar as diferenças regionais entre quem financia e quem constrói, no entanto parece existir um ponto em comum: o papel do Governo enquanto principal promotor de projectos. Os Governos são responsáveis por 57% a 90% dos projectos de cada região, o que demonstra a sua importância no desenvolvimento de infra-estruturas,” conclui Joaquim Oliveira, da Deloitte.

China afirma-se como maior construtor no continente africano

Em 2017, a China ganhou relevância no panorama africano da construção ao executar 85 dos 303 projectos (28%). As empresas nacionais privadas estiveram responsáveis pela construção de 22% e os “outros países asiáticos” por 7%. Também as empresas italianas ganharam expressão face ao ano anterior, executando 17 projectos (6%). Seguem-se os consórcios internacionais, com 12 projectos (4%) e as empresas americanas, portuguesas e sul africanas, com 10 projectos cada (3%).

Na África Austral, as empresas privadas executaram 30% dos projectos, enquanto as empresas chinesas 18%. As empresas portuguesas tiveram também um peso importante na construção de projectos nesta região, com 9% do total.


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