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Custos médios para manter capital aberto entre empresas listadas na B3 não ultrapassam 0,3% da receita anual, aponta estudo da Deloitte em parceria com a B3
- Dois terços dos respondentes consideram que os custos como companhia aberta são compensados pelos seus benefícios;
- Mais da metade das empresas pesquisadas indicou que os custos para manter a companhia aberta não passam de R$ 1,5 milhão por ano;
- Para 58% dos participantes, os custos relacionados à manutenção como companhia aberta são iguais ou menores dos que os previstos.
Após realizar uma oferta inicial de ações (IPO, da sigla em inglês Initial Public Offering), as companhias de capital aberto precisam arcar com custos para a manutenção de sua operação. Esses valores, no entanto, são compensados por diversos benefícios, como maior visibilidade no mercado, melhoria de controles e processos de governança e oportunidades de captar recursos financeiros mais facilmente e com menor custo. Essas são algumas das principais conclusões do estudo “Custos de operação como companhia aberta”, realizado pela Deloitte, maior organização de serviços profissionais do mundo, em parceria com a B3.
Mais da metade das empresas pesquisadas indicou que os custos médios recorrentes como companhia aberta não passaram de R$ 1,5 milhão por ano; para um quarto das organizações entrevistadas, o tempo para a compensação por meio dos benefícios apontados é inferior a dois anos. A média anual dos gastos que as empresas tiveram para manterem-se como companhia aberta varia de acordo com a receita: entre as empresas com faturamento menor do que R$ 300 milhões por ano, a média anual com os custos recorrentes é de R$ 800 mil, ou 0,3% da receita anual. Já entre as empresas com receita líquida maior do que R$ 2 bilhões, esses custos são, em média, de R$ 3,85 milhões.
Para 58% dos participantes, os custos relacionados à manutenção como companhia são iguais ou menores do que os previstos. De acordo com os entrevistados, os maiores custos relacionados à manutenção de companhia aberta são os referentes aos requisitos obrigatórios após a abertura de capital, tais como auditoria independente (67%), taxas de manutenção do registro como empresa listada (51%), gastos com a área de relações com investidores (41%), governança corporativa e comunicações com o mercado (27%).
“Antes de abrir capital, muitas empresas pensam nos custos para realizar o IPO, mas acabam não levando em conta quanto custa para uma organização se manter após a ida ao mercado de capitais. Quanto mais bem preparada a empresa estiver para esta nova condição como companhia aberta, mais benefícios ela poderá colher com a abertura de capital, tais como ganho de valor de mercado, reputação e visibilidade e mais oportunidades para captação de recursos.”, destaca Carlos Zanotta, sócio de Global Capital Markets Group da Deloitte.
Sete em cada dez empresas participantes tiveram como principal motivação para a abertura de capital a captação de recursos no mercado por meio do IPO. Já aumentar a abrangência e a participação no mercado foi apontada como uma motivação por metade dos entrevistados. As outras motivações destacadas, em respostas múltiplas, foram: estruturar-se para futuras fusões e aquisições (36%), promover a sustentabilidade do negócio a longo prazo (36%), reduzir o custo do capital (36%), permitir a realização do investimento dos acionistas atuais (21%), profissionalizar a gestão (21%), substituir a saída de um investidor estratégico (21%) e mitigar riscos entre um número maior de acionistas (7%).
Há diversas opções disponíveis no mercado para empresas interessadas em captar recursos para expandir seu negócio, e a abertura de capital, além de garantir o acesso a recursos financeiros e possibilitar a captação de forma mais recorrente no mercado de capitais, traz também outros benefícios intangíveis, como ganhos de visibilidade, reputação e governança corporativa”, diz Rogério Santana, Diretor de Relacionamento com Empresas e Assets da B3.
O relatório aponta, ainda, que houve um aumento no quadro de funcionários nas áreas relacionadas a funções obrigatórias às empresas de capital aberto. A área de relações com investidores, de fundamental importância para a comunicação dos resultados e da estratégia da empresa aos novos investidores públicos, cresceu em 93% das companhias pesquisadas. Na sequência estão governança corporativa (36%) e compliance (29%). Já em relação a serviços, a assessoria em mercado de capitais (50%) e relações com investidores e comunicação com o mercado (43%) foram os mais contratados no momento da abertura de capital. Quando questionados sobre os principais desafios que as empresas enfrentam como companhias abertas, 66% apontaram a complexidade regulamentar, 60% destacaram que é a manutenção de uma estrutura de governança corporativa e 58% indicaram os custos com manutenção.
Metodologia do estudo
A coleta das respostas do estudo “Custos de operação como companhia aberta” foi realizada entre 24 de setembro e 7 de dezembro de 2020. O relatório contou com a participação de 51 empresas listadas na B3. A amostra é composta por companhias com atuação em 12 diferentes segmentos da economia. Metade das empresas tem receita maior que R$ 1 bilhão. 66% dos entrevistados ocupam cargos de liderança, e 28% dos respondentes trabalhavam na empresa no momento da abertura de capital. Mais da metade das empresas respondentes tem o seu líder de RI à frente da área de finanças.
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