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Confiança no setor de manufatura de economias emergentes ganha destaque em relação aos países desenvolvidos
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Brasil deverá ocupar o terceiro lugar no ranking de competitividade global da indústria nos próximos cinco anos, segundo estudo organizado pela Deloitte com mais de 550 líderes.
São Paulo, 29 novembro de 2012 — Potências do setor de manufatura como Estados Unidos, Alemanha e Japão vão enfrentar desafios para manter sua competitividade frente a mercados como China, Índia e Brasil, de acordo com o Índice de Competitividade Global para o Setor de Manufatura 2013. O estudo realizado pela Deloitte e pelo Conselho Americano de Competitividade (U.S. Council on Competitiveness) confirma que o cenário de competitividade no segmento apresentará uma importante mudança de poder nos próximos cinco anos.
Baseada nas respostas de 552 CEOs e líderes de empresas de manufatura ao redor do mundo a pesquisa abrangeu 23 indústrias, entre elas, automotiva, consumo, farmacêutica, tecnológica, produtos agrícolas e têxtil. Executivos da América do Norte, Ásia, Europa, América do Sul e Austrália opinaram sobre os fatores mais importantes que impulsionam a competitividade no segmento e as perspectivas sobre o futuro. O resultado apontou mais uma vez, a China como a nação mais competitiva do mundo, tanto atualmente como nos próximos anos. Alemanha e Estados Unidos ainda se mantém entre os três primeiros do ranking, mas ambos devem perder posições, com a Alemanha chegando ao quarto lugar e Estados Unidos ao quinto, seguidos pela Coreia do Sul. Outras duas nações devem também cair na escala: Canadá, da sétima para a oitava colocação, e Japão, da 10ª para 12ª.
Além disso, o estudo mostra que a queda de competitividade da Alemanha é sentida por outros países da Europa, entre eles, Reino Unido, França, Itália, Bélgica, Países Baixos, Portugal, Polônia e República Checa – todos devem ter um acentuado declínio nesse quesito. A Polônia, por exemplo, deve cair da 14ª posição para a 18ª, enquanto o Reino Unido deve sair do 15º lugar para o 19º.
“Estados Unidos e Europa viram os países emergentes se tornarem maduros e formidáveis competidores na última década”, afirma Craig Giffi, líder da Deloitte nos Estados Unidos para o setor de produtos e bens de consumo. Giffi, um dos responsáveis pela pesquisa, aponta ainda que as nações emergentes devem despontar no índice. É o caso do Brasil, hoje na oitava colocação, deve chegar ao terceiro lugar. A Índia, por sua vez, deve ocupar a segunda colocação (anteriormente estava no quarto). Segundo o estudo, o Brasil têm em seus recursos naturais grandes vantagens competitivas e criará boas oportunidades de desenvolver infraestrutura mais madura ao sediar a Copa de 2014 e as Olímpiadas, em 2016.
“A escalada do Brasil no ranking reflete a posição diferenciada que o País vem conquistando no cenário internacional – apesar dos grandes desafios que ainda enfrenta -, como um dos maiores e mais dinâmicos mercados internos do mundo e com uma perspectiva de expansão sustentável nos próximos anos”, avalia José Othon Tavares de Almeida, líder da Deloitte no Brasil para a indústria manufatureira.
“Países como Estados Unidos, Brasil, Canadá e México continuarão a desenvolver no setor manufatureiro. Por outro lado, a Ásia vem despontando nessa escala e deve contar com dez entre os 15 países mais competitivos na próxima década”, complementa Griffi.
Tim Hanley, líder global de Manufatura da Deloitte, concorda. Segundo ele, Vietnã e Indonésia, por exemplo, devem subir de posição. “Há uma mudança gradual de foco para mercados vizinhos à China e Índia, tanto no que diz respeito ao crescimento da demanda de consumo local, como no atendimento aos núcleos globais de cadeias de valor”, diz ele.
Para Deborah L. Wince-Smith, presidente e CEO do Conselho Americano de Competitividade (U.S. Council on Competitiveness), o declínio dos Estados Unidos e desenvolvimento de outras nações é um alerta. “Precisamos entender mais profundamente a complexidade das forças que estão direcionando o setor manufatureiro e seus desafios estruturais”, aponta. Segundo ela, políticas e práticas inteligentes podem desencadear as forças americanas e mudar as engrenagens da indústria dos Estados Unidos, levando a tecnologia para um novo estágio e fazendo a economia americana crescer.
Mudanças no setor de manufatura em cinco anos
Talento fará a diferença
Uma das importantes conclusões da pesquisa é que o talento é considerado o principal fator para competitividade de um país. Sistema de impostos, financeiro e comércio, além do custo de mão de obra e de materiais aparecem logo em seguida.
“Nada é mais importante para os CEOs que a qualidade, disponibilidade e produtividade da força de trabalho na implementação de suas agendas de inovação. Formar e desenvolver uma base de talentos permanece como foco à competitividade – uma necessidade crescente também para os mercados emergentes”, avalia Giffi.
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Ranking – 10 quesitos que mais impulsionam a competividade |
1 |
Inovação por talentos |
2 |
Sistema econômico,financeiros e de impostos |
3 |
Custo e disponibilidade de mão de obra e materiais |
4 |
Rede de fornecedores |
5 |
Sistema legal e regulatório |
6 |
Infraestrutura física |
7 |
Custo e políticas de emergia |
8 |
Atratividade do Mercado local |
9 |
Sistema de saúde |
10 |
Investimentos governamentais em manufatura |
Emergentes X desenvolvidos
Outras conclusões da pesquisa apontam divergências com relação à competitividade entre os mercados mais maduros e os que ainda estão em desenvolvimento. Entre elas:
- Indústrias de manufatura tradicionais têm vantagem competitiva. Mais de 85% dos executivos ouvidos concordam que a disponibilidade de talentos nos Estados Unidos, Alemanha e Japão torna estes países altamente competitivos – enquanto 58% dizem o mesmo sobre a China e 40% sobre a Índia.
- Nações com indústrias estabelecidas se posicionaram melhor no ranking do que as emergentes, quando levados em conta os sistemas econômico, financeiro e de impostos. Mais de sete entre 10 líderes globais acham que a Alemanha e os Estados Unidos possuem vantagens competitivas baseados nestes critérios, mas apenas 43% dizem o mesmo sobre a Índia.
- Sistemas de saúde melhores dão às nações desenvolvidas vantagens competitivas, já que oferecem acesso a programas de qualidade de vida e políticas regulatórias de saúde pública. Mais de 70% dos líderes acreditam que os sistemas de saúde dos Estados Unidos, Alemanha e Japão os tornam extremamente competitivos, mas apenas 30% dizem o mesmo sobre a China, a Índia e o Brasil.
- Países emergentes ganham em custos e disponibilidade da mão de obra. 90% dos executivos respondentes acreditam que a China e a Índia são extremamente competitivos em relação aos custos e disponibilidade de mão de obra, mas menos de 40% têm a mesma visão sobre os Estados Unidos, a Alemanha ou o Japão.
- Os mercados mais novos ainda têm um longo caminho a percorrer quando se trata de redes de fornecedores. Cinco entre 10 executivos avaliam a Índia e o Brasil como competitivos em relação à cadeia de fornecedores. Por outro lado, oito entre 10 fazem a mesma afirmação sobre Estados Unidos, Alemanha e Japão.
- Nações emergentes precisam lutar para ser competitivos em relação aos seus sistemas jurídicos. Menos de um quarto dos líderes ouvidos avaliam a China, a Índia e o Brasil como competitivos em relação aos seus sistemas jurídicos. 80% deles acreditam, no entanto, que os Estados Unidos, a Alemanha e o Japão são competitivos nesse quesito.
- Os países em desenvolvimento devem melhorar suas infraestruturas físicas. Menos de 40% dos executivos acham que a infraestrutura indiana torna o país competitivo. 90% deles dizem que os Estados Unidos, a Alemanha e o Japão possuem uma forte vantagem nessa questão.