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A nova física dos serviços financeiros

Inteligência artificial transforma o ecossistema das finanças

A inteligência artificial altera significativamente os modelos operacionais das instituições financeiras, que têm a incumbência de analisar como podem adaptar a tecnologia às suas atividades. Para isso, é preciso reorganizar prioridades estratégicas e criar uma dinâmica competitiva sustentável no ecossistema do setor.

A adesão de empresas de serviços financeiros à inteligência artificial (AI) altera a forma de atrair clientes e, ao mesmo tempo, exige habilidades específicas para lidar com novos modelos de negócios e de colaboração entre concorrentes. O relatório “A nova física nos serviços financeiros: Inteligência artificial transforma o ecossistema das finanças”, realizado pela Deloitte em parceria com o Fórum Econômico Mundial, explora como a AI transforma radicalmente as operações front e back office e levanta novas questões regulatórias nos mercados financeiros.

As instituições do setor precisam inovar constantemente em suas ações para continuarem competitivas e até mesmo melhorarem a segurança de seus sistemas. A inteligência artificial possibilita que as empresas se estabeleçam por meio de dados e criem soluções colaborativas com o uso de ferramentas disruptivas, impulsionando a eficiência operacional, com informações mais precisas e prazos reduzidos.

Nove grandes mudanças do cenário financeiro:
  • Dos custos aos lucros: as instituições devem transformar suas atividades de back office impulsionadas pela AI em serviços externos, para não serem ultrapassadas em suas relações com os consumidores;
  • Lealdade do cliente: com a erosão de métodos antigos de diferenciação, a inteligência artificial possibilita que as instituições financeiras deixem de lado a “guerra pelo preço mais baixo” e priorizem outras formas de se destacar aos olhos dos clientes;
  • Financiamento autônomo: experiências futuras dos consumidores serão pautadas pela AI, que traz automação para a vida bancária dos usuários e melhor os resultados financeiros;
  • Entraves e soluções coletivos: Soluções colaborativas com base de dados compartilhados aumentam a performance em operações não-competitivas e elevam a segurança do sistema financeiro;
  • Segmentação de mercado: a utilização da AI facilita a busca de clientes que queiram comparar custos e serviços, abrindo espaço para novas estruturas inovadoras de nicho;
  • Acordos de dados: em um ecossistema em que instituições disputam a diversidade do uso de dados, a gestão de parcerias com concorrentes potenciais é uma estratégia arrojada;
  • Dados regulamentados: regulamentações sobre a privacidade e portabilidade dos dados moldarão a capacidade das instituições financeiras em implantar AI, tornando essas regulações tão importante quanto as normas tradicionais para o posicionamento competitivo das empresas;
  • Encontrar equilíbrio nos talentos: o estabelecimento de equipes com conhecimentos em AI será o maior desafio para as organizações e trará riscos para aquelas que não acompanharem as transições;
  • Novos dilemas éticos: comunidades globais têm um interesse comum de mitigar riscos advindos do desenvolvimento tecnológico. Ao inserir AI nos processos empresariais, é essencial uma análise coletiva dos princípios e técnicas de supervisão de regulamentações para endereçar possíveis questões éticas nebulosas.
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