Pesquisa

Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2023

Deloitte e Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apresentam os resultados do levantamento

Primeiro volume aponta tendências em tecnologia e investimentos da indústria bancária e o segundo explora as transações e o comportamento do consumidor

Sobre a pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2023

A Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária chega à sua 31ª edição, com apresentação do conteúdo em dois volumes. No primeiro, a coleta de dados foi realizada por meio de formulário eletrônico com 16 bancos – os quais representam 84% dos ativos da indústria bancária do País – e de entrevistas em profundidade com 28 executivos, líderes de tecnologia. No segundo, a coleta ocorreu por meio de formulário eletrônico entre abril e maio de 2023, com 18 bancos, o equivalente a 86% dos ativos da indústria bancária brasileira.

Tendências e investimentos em tecnologia

A indústria financeira tem demonstrado agilidade e flexibilidade para se adaptar às mudanças constantes do mercado atual e continuar traçando um caminho de evolução e transformação dos negócios, por meio das novas tecnologias. Este é o enfoque do primeiro volume da “Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2023”, no qual são abordados os principais temas da agenda tecnológica dos bancos brasileiros, como cloud, inteligência artificial e movimentos emergentes, bem como os investimentos realizados no setor e as perspectivas para 2023.

Principais insights - Volume 1

Orçamento em tecnologia teve crescimento de 18% em 2022, a R$ 34,9 bilhões, sendo uma das maiores altas dos últimos anos. Em 2023, a expectativa é que o orçamento atinja R$ 45,1 bilhões, avanço de 29% em relação ao ano passado.

Investindo cada vez mais na transformação da indústria, os bancos têm em sua agenda de 2023 assuntos como otimização de cloud, inteligência artificial voltada à automação, segurança cibernética inteligente e movimentos emergentes.

Evolução e melhorias nas jornadas para os clientes, principalmente por meio de análise e tratamento de dados, também estão na pauta deste ano.

A indústria estima investir R$ 1,6 bilhão na infraestrutura e em soluções tecnológicas que melhorem a experiência de trabalho dos colaboradores, além de aumentar o quadro de profissionais de tecnologia.

A conexão da indústria bancária com o ecossistema tem sido determinante para a promoção de opções mais completas aos clientes, como forma estratégica de agregar valor, complementar jornadas e consolidar a busca constante pela inovação.

Transações bancárias

Os crescentes investimentos da indústria bancária em tecnologia também têm transformado a jornada do cliente: as muitas possibilidades disponíveis para realizar transações e consultas, contratar produtos/serviços e interagir com os bancos fazem com que os canais digitais ganhem cada vez mais espaço entre os consumidores. Estes são os destaques do segundo volume da pesquisa, que explora o comportamento do cliente bancário e a evolução das transações no Brasil.

Principais insights - Volume 2

O número de transações financeiras registradas pelos bancos atingiu crescimento recorde, de 30%, representando o maior aumento, em volume, nos últimos 11 anos. Esse resultado pode ser atribuído especialmente ao volume massivo de transações nos canais digitais, que cresceram 43% e correspondem a quase 8 em cada 10 movimentações bancárias realizadas no Brasil – sendo 2/3 via mobile banking.

O Pix se consolidou como o maior meio de pagamento no Brasil. Nele, 48% dos usuários são heavy users, ou seja, realizam mais de 30 transações instantâneas por mês. E a quantidade de heavy users do Pix, que não para de crescer, ainda pode aumentar, dadas as implementações de novas modalidades em curso, como o Pix Parcelado e o Pix Saque – as quais já estão sendo disponibilizadas por alguns bancos.

Das contas ativas no Brasil, 45% estão no mobile banking e o número de heavy users em transações de consulta neste canal já ultrapassa 70 milhões de usuários. Estes fatos demonstram não só uma altíssima adoção do consumidor brasileiro ao mobile, mas, também, o potencial da tecnologia em levar serviços eficientes na ponta. A adoção do cliente PJ a este canal, por exemplo, também está aumentando gradualmente a cada ano.

Cada vez mais prática, a contratação de seguros via mobile banking já está presente em 94% das instituições bancárias participantes da pesquisa. Apesar de as agências concentrarem 3/4 do volume total das contratações, o mobile cresceu de 5 milhões para 8 milhões entre 2021 e 2022 – totalizando 55 milhões de novos produtos de seguro contratados no último ano. E ainda há espaço para crescimento, ao considerar que 25% das contas ativas contrataram ao menos um seguro no período.

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