Pesquisa

Climate Check 2022

Perspectivas das organizações sobre a crise climática 

Desde a a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas em novembro de 2021 (COP26), o mundo foi abalado pela guerra na Ucrânia, o aumento da inflação e a incerteza econômica global, entre muitas outras questões geopolíticas que representam um risco para a sustentação das ações necessárias para o enfrentamento da crise climática.

Antes da COP27 de 2022 no Egito, a Deloitte buscou entender melhor as expectativas e perspectivas de líderes empresariais em torno das mudanças climáticas.

A pesquisa "Climate Check 2022" foi realizada pela Deloitte em colaboração com a Oxford Economics, com 700 executivos de 14 países, incluindo o Brasil. O estudo mostra as preocupações dos executivos a respeito dos meio-ambiente e do clima, e as ações que estão sendo tomadas para um futuro sustentável. 

Perspectiva das organizações brasileiras

Os respondentes brasileiros se mostraram otimistas com COP 27 e, segundo o estudo, 82% acreditam que investir em práticas ambientalmente sustentáveis traz benefícios econômicos de longo prazo, enquanto 74% concordam que sua organização pode continuar a crescer à medida que reduzem as emissões de carbono. Contudo, pouco menos da metade das pessoas entrevistadas (48%) afirmam que suas organizações investiram nas tecnologias necessárias para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em suas operações.

Para o próximo ano, 37% das lideranças afirmam que suas organizações pretendem acelerar os esforços de sustentabilidade. No entanto, fatores internos e externos, como inflação e questões geopolíticas são pontos de preocupação, e já estão afetando algumas estratégias corporativas para o tema.

O estudo também mostra que, para a maioria dos executivos brasileiros, os governos precisam implementar medidas para reprimir o greenwashing (prática usada por organizações para mascarar os impactos ambientais de suas atividades.) e minimizar os riscos de investimentos em tecnologias limpas, com garantias e subsídios. Há ainda a necessidade de impor padrões de relatórios para controle efetivo desses impactos, em vez de apenas incentivar a produção de relatórios sem critérios pré-estabelecidos. 

De acordo com os entrevistados, 84% das empresas já estão executando estratégias de mitigação, que têm a função de combater as causas e minimizar os possíveis impactos das mudanças climáticas. Metade das organizações também afirma conduzir ações de adaptação, que consistem em buscar forma de reduzir as consequências negativas das mudanças climáticas e aproveitar as oportunidades de negócios que medidas sustentáveis podem originar. 

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