Análise

ESG no setor financeiro

Facilitadores ou protagonistas da mudança sustentável?

No cenário internacional contemporâneo, marcado pelo crescente impulso das negociações climáticas globais, as instituições financeiras enfrentam um desafio sem precedentes e uma oportunidade singular. A transição para uma economia de baixo carbono, reforçada pelo Acordo de Paris, estabeleceu um marco para limitar o aquecimento global a 1,5° C acima dos níveis pré-industriais. O Brasil, signatário do acordo desde 2016, estabeleceu metas de redução de emissão de gases de efeito estufa (GEE), chamadas de Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês).

A NDC brasileira de 2015 estabelece que o Brasil deve reduzir as suas emissões em 37% até 2025 e 43% até 2030, em relação às emissões de 2005. Além disso, em 2023, o Brasil ainda se comprometeu a ampliar sua ambição para 48% de redução até 2025, 53% até 2030 e alcançar emissões líquidas neutras até 2050 – ou seja, tudo que o País emitir deverá ser compensado com fontes de captura de carbono, como plantio de florestas, recuperação de biomas ou outras tecnologias.

Com esse cenário de ambiciosos compromissos globais e locais e a necessidade de acelerar a redução das emissões de gases de efeito estufa, surge a questão sobre o papel do mercado financeiro nesse tema: facilitador ou protagonista da promoção de uma economia sustentável?

ESG no setor financeiro
Você achou útil?