Deloitte Millennial Survey 2017

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Deloitte Millennial Survey 2017

Procurar estabilidade e oportunidades num mundo incerto

Um 2016 turbulento - pontuado por atentados terroristas na Europa, pelo Brexit e por uma eleição presidencial controversa nos EUA - parece ter abalado a confiança dos millennials.

Sumário executivo

Em 2016, os Millennials ouvidos pela Deloitte expressavam a vontade de deixar a curto prazo os seus empregadores. Passados 12 meses pontuados por alguma incerteza social e política, essas ambições alteraram-se, de acordo com a sexta edição do Millennial Survey, um estudo anual da Deloitte. Esta geração afirma agora ser menos provável deixar a segurança dos seus empregos, revelando estar mais preocupada com a incerteza que emerge dos conflitos ocorridos durante esse tempo e - sobretudo nos países desenvolvidos - menos otimista com as suas perspetivas futuras e com o rumo que os seus países estão a seguir. As conclusões foram reveladas num estudo que envolveu cerca de 8.000 millennials de 30 países.

Pessimismo nos países desenvolvidos alastra rapidamente

Os millennials em mercados emergentes esperam, em geral, ter uma situação melhor que a dos seus pais, tanto financeiramente (71 por cento) como emocionalmente (62 por cento), contrastando com os millennials em mercados desenvolvidos, onde apenas 36 por cento preveem ter uma melhor situação financeira e 31 por cento afirmam que serão mais felizes que os seus pais. 

”A favor” das empresas, mas com expetativas mais elevadas

Os Millennials veem as empresas de forma positiva e acreditam que têm tido uma atuação mais responsável. Cerca de 88 por cento afirmam que as empresas, em geral, têm um impacto positivo na sociedade onde se inserem. Contudo, acreditam também que as empresas multinacionais não estão ainda a realizar todo o seu potencial para ajudar a sociedade a resolver os seus maiores desafios.

Criar impacto através das empresas onde trabalham

Os millennials sentem-se responsáveis por uma variedade de problemas tanto no local de trabalho como no mundo em geral. Contudo, é primeiramente no local de trabalho, e através dele, que sentem que podem criar maior impacto. As oportunidades de participar em “boas causas” a nível local, muitas das quais são viabilizadas pelas empresas onde trabalham, dão aos millennials um sentimento de influência acrescido.

Preferência por um discurso simples e inclusivo

Na generalidade, os millennials inquiridos não apoiam líderes que tomem posições controversas ou fraturantes, ou que persigam transformações radicais ao invés de mudanças graduais. Sentem-se mais confortáveis com um discurso simples e sem ambiguidades por parte dos líderes empresariais e políticos; e identificam-se com líderes que apelam a todos os que se possam sentir excluídos ou isolados.

Flexibilidade dos freelancers e estabilidade do emprego a tempo inteiro

Apesar das vantagens em trabalhar como freelancers ou consultores, quase dois terços dos millennials prefere ter um emprego a tempo inteiro. A ansiedade dos millennials relativa aos acontecimentos mundiais e à crescente automatização pode ser parcialmente responsável pelo desejo crescente dos jovens profissionais em permanecerem nos seus empregos, no entanto as atrativas oportunidades de trabalho flexível podem ser igualmente influentes.

Geração Z será bem-vinda 

Os millennials tendem a ter uma opinião amplamente positiva sobre a geração Z (atualmente com dezoito anos ou menos), acreditando que este grupo tem fortes competências em tecnologias de informação e capacidade para pensar criativamente. Seis em cada 10 millennials acreditam que a geração Z terá um impacto positivo à medida que for crescendo a sua presença no mercado de trabalho; esta convicção é mais forte nos mercados emergentes (70 por cento) do que nos mercados desenvolvidos (52 por cento).

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