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Energias Renováveis

Estudo da Deloitte

Estudo da Deloitte revela que as energias renováveis têm um impacto relevante na economia, no ambiente e na redução da dependência energética do país.

Estudo da Deloitte revela que as energias renováveis têm um impacto relevante na economia, no ambiente e na redução da dependência energética do país
A Deloitte, em conjunto com a APREN – Associação de energias renováveis, desenvolveu nos últimos meses um estudo sobre o impacto do setor de eletricidade renovável em Portugal, que foi tornado público recentemente na Conferência Anual da APREN.

Os resultados do estudo permitem concluir que o crescimento que se tem vindo a verificar no setor de eletricidade de origem renovável (representando no final de 2013 cerca de 56% do mix de produção) tem impactos significativos para a economia, para o ambiente e para a redução da dependência energética do país.

Os resultados atingidos com este crescimento estão em linha e contribuem de forma decisiva para os objetivos estabelecidos a nível Europeu (que acabaram de ser revistos no âmbito do pacote de energia e clima para 2030) e com os objetivos de política energética nacional expressos nos planos de ação definidos para o sector.

Efetivamente, sem eletricidade renovável, a taxa de dependência energética do país rondaria os 84%, quando hoje se situa nos 71%, podendo ainda descer mais cinco pontos percentuais durante a próxima década e meia.

Ao nível macroeconómico, a eletricidade renovável contribuiu em 2013 com mais de 2.700 Milhões de Euros para o PIB e foi responsável por mais de 40 mil empregos. Com o crescimento previsto até 2030 estes valores irão crescer até aos 4.300 Milhões de Euros de contribuição para o PIB e mais de 66 mil empregos.

O impacto ambiental também foi relevante, tendo a eletricidade de origem renovável permitido evitar a emissão de mais de 10 milhões de toneladas de CO2 em 2013, o que equivale a cerca de 1 ano de emissões do parque automóvel nacional, valor esse que irá continuar a crescer.

O estudo da Deloitte conclui ainda que houve um aumento nas poupanças associadas à importação de matérias-primas (gás natural e carvão), o que revela a utilização cada vez mais maior de energias renováveis. Efetivamente, estima-se que até 2030 o valor acumulado de importações evitadas represente uma poupança mais de 37 mil milhões de euros, por força do desmantelamento previsto de todas as centrais a carvão até 2021.

Em resumo, o estudo permite concluir que a aposta nas energias renováveis tem contribuído de forma decisiva para um Portugal ambientalmente mais sustentável e mais autónomo do ponto de vista energético, mas também para o desenvolvimento económico do país, fruto do crescimento do sector das renováveis, em particular da fileira eólica e solar.

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