TMT Predictions 2016

Comunicados de Imprensa

Este ano serão partilhados cerca de 2,5 triliões de fotografias online

• Tablets e smartphones vão tornar-se as principais plataformas em termos de receitas • Os trailing millennials (jovens com idades entre os 18 e os 24 anos) deverão tornar-se os maiores defensores dos computadores entre todos os grupos etários, em 2016 • Em Portugal, as receitas por bilhete de cinema mantêm-se estáveis, enquanto a receita operacional regista um ligeiro crescimento • Número de assinantes de televisão por subscrição a nível nacional segue uma tendência de crescimento estável, mas observa-se uma quebra nas receitas • Até ao final do ano, apenas 0,3 por cento dos utilizadores de equipamentos móveis deverão adotar aplicações para bloquear anúncios publicitários

A Deloitte prevê que a realidade virtual atinja, pela primeira vez, a marca do milhar de milhões em 2016, com cerca de 700 milhões de dólares em vendas de hardware e o restante valor na disponibilização de conteúdo. A 15.ª edição do Technology, Media & Telecommunications (TMT) Predictions, um estudo da Deloitte, estima que cerca de 2,5 milhões de headsets de realidade virtual e 10 milhões de jogos serão vendidos este ano. O documento indica ainda que a maioria dos gastos com realidade virtual será feita por “core users” e não por jogadores casuais. Embora qualquer pessoa com um smartphone possa aceder a uma variante de realidade virtual, a maioria das receitas, em 2016, deverá ser garantida por dezenas de milhões e não por milhares de milhões de utilizadores.

“Espera-se que a realidade virtual atinja um marco histórico em 2016 - tornando-se num mercado de mil milhões de dólares – mas a longo prazo esta tecnologia irá enfrentar dificuldades para alcançar a escala ou a omnipresença do smartphone, do computador ou da televisão”, referiu Miguel Eiras Antunes, partner de consultoria da Deloitte Portugal. “No entanto, à medida que a tecnologia necessária melhora e evolui, para tornar a experiência mais envolvente, poderá haver lugar a uma adoção generalizada.”

“Atualmente, verificamos um potencial significativo de crescimento nas tecnologias cognitivas, como a visão computacional, o processamento de linguagem natural e machine learning. Este ano, espera-se que 80 das 100 principais empresas de desenvolvimento de software recorram a tecnologias cognitivas, libertando o potencial da Internet das Coisas (IoT’s). O que pode transformar, a longo prazo, a computação como a conhecemos. Muito embora as tecnologias cognitivas não despertem tanta atenção dos consumidores como os headsets de realidade virtual, poderão revelar-se muito mais importantes, a longo prazo, tanto para as empresas como para os consumidores”.

Os millennials poderão não ser a geração pós-computador

Além das previsões sobre realidade virtual, o estudo1 revela que, muito embora os millennials sejam a geração do smartphone, os trailing millenials (com idades entre os 18 e os 24) poderão ser o grupo etário mais pró-computador, de todos os grupos etários em 2016. Uma média de mais de 85 por cento dos trailing Millennials, em 13 países desenvolvidos, tiveram acesso a um computador portátil em 2015. Além disso, esse acesso revelou ser o mais elevado ou o segundo mais elevado de todos os seis grupos etários no estudo, em todos os mercados, com duas exceções: Noruega e Finlândia. Estes dados sugerem que os jovens com estas idades olham para os smartphones e para os computadores como complementares, e não como equipamentos substitutos um do outro. Este facto pode justificar-se em parte pela redução no preço dos computadores portáteis.

Já no seu 15.º ano consecutivo, o relatório anual TMT Predictions da Deloitte faculta uma visão de 12 a 18 meses sobre as principais tendências na indústria de tecnologia, de media e telecomunicações a nível global. Para mais informações sobre o TMT Predictions visite: www.deloitte.com/tmtpredictions

1Fonte: Global Mobile Consumer Survey das firmas-membro da Deloitte, países desenvolvidos, maio-julho de 2015. A questão baseou-se nos computadores portáteis e não nos computadores de secretária ou desktops. Para mais detalhes, consulte o Global Mobile Consumer Survey: www.deloitte.com/gmcs.

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Principais conclusões do estudo de TMT Predictions 2016:

Tecnologia

  • Mulheres em cargos de Tecnologia de Informação (TI): está relacionado com formação, mas não só – Até ao fim de 2016, as mulheres deverão ocupar menos de 25 por cento dos cargos de TI em países desenvolvidos. Este número é o mesmo de 2015, mas poderá ainda sofrer uma redução.
  • Tecnologias cognitivas melhoram o software empresarial – Em 2016, mais de 80 das 100 maiores empresas globais de softwaredeverão integrar tecnologias cognitivas como machine learning, processamento de língua nativa ou reconhecimento de fala nos seus produtos. Este dado representa um aumento de 25 por cento quando comparado com 2015, ano em que 64 das 100 empresas lançaram produtos ou serviços com uma ou mais tecnologias cognitivas.
  • Compras com ecrãs táteis: o checkout online móvel visto com novos olhos – O número de pessoas que usa um serviço de pagamentos baseado em ecrãs táteis para fazer compras em dispositivos móveis (smartphones e tablets) deverá aumentar em 150 por cento para atingir uma base de utilizadores regulares de 50 milhões de pessoas, em 2016. As compras através de dispositivos táteis permitem que as lojas explorem a utilização crescente dos equipamentos móveis por parte dos consumidores para acederem a lojas de retalho online, onde as transações continuam a ser invulgares, dada a complexidade dos processos de pagamento.
  • Grafeno: investigar agora para colher os resultados na próxima década – Embora o valor total do mercado dos materiais de grafeno, em 2016, se situe nas poucas dezenas de milhões de dólares, a despesa em investigação e desenvolvimento neste ano deverá situar-se nas centenas de milhões de dólares. A médio prazo, o grafeno poderá ser incluído em produtos com valores de muitos milhares de milhões de dólares por ano – mas poderão passar décadas até que se possa explorar todo o potencial deste material.

Media

  • Bloqueadores de publicidade em telemóveis: salvos pela aplicação? - Apenas 0,3 por cento dos utilizadores de dispositivos móveis deverão usar aplicações de bloqueio de publicidade até ao fim de 2016. Este número poderá representar um risco de menos 100 milhões de dólares (0,1 por cento) no mercado de 70 mil milhões de dólares de publicidade em equipamentos móveis (smartphones e tablets).
  • Jogos em dispositivos móveis: líderes, mas menos lucrativos – Este ano, os dispositivos móveis (smartphones e tablets) deverão tornar-se as principais plataformas de jogo em termos de receitas de software. Espera-se que gerem 36 mil milhões de dólares de receitas, um valor que representa um aumento de 20 por cento face a 2015. O mercado de jogos de computador vai representar 32 mil milhões de dólares e o de jogos de consolas 28 mil milhões, numa subida de apenas cinco e seis por cento face ao ano anterior. No entanto, a receita média por jogo por plataforma vai variar consideravelmente.
  • eSports: maiores do que seria de esperar, mas ainda com potencial – Os eSports deverão gerar receitas globais de 500 milhões de dólares em 2016, um aumento de 25 por cento face aos 400 milhões de 2015 e vão atingir uma audiência de espetadores regulares e ocasionais de cerca de 150 milhões de pessoas. Esta receita esperada é apenas uma fração das receitas de desportos de primeira linha, como o futebol Europeu, o futebol norte-americano, o basebol ou o hóquei no gelo, que variam entre os 4 mil milhões e os 30 mil milhões de dólares.
  • Futebol europeu atinge os 30 mil milhões de dólares – O mercado Europeu de futebol deverá chegar aos 30 mil milhões de dólares pela primeira vez na época 2016/2017, um aumento de 8 mil milhões face à época de 2011/2012, e que representa um ritmo de taxa de crescimento anual composta de sete por cento. No final do ano passado, os três grandes clubes de futebol portugueses assinaram contratos de cedência dos direitos de transmissão e de publicidade com as grandes operadoras televisivas em Portugal (NOS e MEO) que totalizam 1.372,5 milhões de euros. Os contratos anteriores, apesar de considerarem os direitos de transmissão por menos épocas, atingiam um patamar bastante inferior, situado em cerca de 260 milhões de euros.
  • Receitas estáveis de bilheteira na era dos media digitais - Em Portugal, a receita por bilhete de cinema tem-se mantido relativamente estável nos últimos anos, enquanto a receita operacional obtida tem observado um crescimento ligeiro ao longo do tempo. O número de estabelecimentos de cinema e de ecrãs de visualização tem estado praticamente constante nos últimos anos, corroborando a tendência global de estabilidade na indústria do cinema.
  • Televisão nos EUA: erosão, mas não implosão – A nível nacional, apesar do número de assinantes de televisão por subscrição seguir uma tendência de crescimento estável na ordem dos 5% nos últimos cinco anos, as receitas do serviço observaram um decréscimo abrupto na ordem dos 24,8% e 13,1%, em 2014 e 2015, respetivamente. Este facto vem confirmar a tendência global referente à erosão da utilização dos serviços televisivos.

Telecomunicações

  • O amanhecer da era da Internet Gigabit: todos os bits contam – O número de ligações à Internet de Gigabit por segundo (Gbit/s) deverá ascender a 10 milhões até ao fim do ano, um aumento de cerca de 10 vezes. Dessa subida, cerca de 70 por cento dirá respeito a conexões no mercado residencial. O aumento da procura será alimentado pela crescente disponibilidade e pela queda de preços. Antecipa-se que cerca de 600 milhões de subscritores poderão usufruir de redes com tarifas Gigabit até 2020, o que representa a maioria das casas ligadas à Internet.
  • Smartphones usados: um mercado desconhecido de 17 mil milhões de dólares – Neste ano, os consumidores deverão vender ou trocar aproximadamente 120 milhões de smartphones usados, gerando mais de 17 mil milhões de dólares aos seus anteriores donos. Este cenário dá a conhecer um aumento do mercado face aos 80 milhões de smartphones trocados em 2015, que representaram um valor de 11 mil milhões de dólares. Além disso, 10 por cento dos smartphones premium (com um preço de 500 dólares ou superior) adquiridos em 2016 poderão vir a ter entre dois e três donos antes do final de vida do equipamento.
  • Partilha de fotografias: triliões e sem parar de aumentar – Em 2016, vão partilhar-se ou armazenar-se online 2,5 triliões de fotografias, o que significa um aumento de 15 por cento face ao ano anterior. Mais de 90 por cento destas fotografias serão tiradas com um smartphone. As restantes terão origem em SLRs digitais, câmaras compactas, tablets ou computadores portáteis. Esta estimativa não inclui os triliões de fotografias que continuam guardados na memória dos dispositivos.
  • Aumento dos equipamentos “exclusivos para dados” – Cerca de 26 por cento dos utilizadores de smartphone não vão efetuar quaisquer chamadas telefónicas durante uma semana completa em 2016. Estes indivíduos, conhecidos como “data exclusives” (“exclusivos de dados”), não pararam de comunicar, mas estão a substituir as tradicionais chamadas telefónicas por uma combinação de mensagens que inclui SMS’s e serviços de voz e de vídeo disponibilizados “over the top”.
  • VoLTE / VoWiFi: capacidade, alcance e funcionalidade - 100 operadores móveis em todo o mundo poderão oferecer, pelo menos, um serviço de voz baseado em pacotes até ao fim de 2016, o que representa o dobro face ao fim de 2015 e seis vezes mais do que no início do ano passado. O relatório estima que aproximadamente 300 milhões de clientes vão usar Voice over WiFi (VoWiFi) e/ou Voice over LTE (VoLTE), o dobro do número face ao início do ano e cinco vezes mais pessoas quando comparado com o valor do início de 2015.

Sobre o estudo TMT Predictions da Deloitte Global

O TMT Predictions têm por base uma pesquisa global suportada por entrevistas e informações dos clientes das firmas-membro da Deloitte, antigos profissionais do universo Deloitte, os seus analistas da indústria, executivos líderes de TMT e milhares de profissionais de TMT das firmas-membro da Deloitte da sua rede global. O tema do estudo Predictions varia anualmente, mas um facto mantém-se: o crescente impacto das TMT no comportamento dos utilizadores.

 

Sobre a Deloitte

“Deloitte” refere-se a Deloitte Touche Tohmatsu Limited, uma sociedade privada de responsabilidade limitada do Reino Unido (DTTL), ou a uma ou mais entidades da sua rede de firmas membro e respetivas entidades relacionadas. A DTTL e cada uma das firmas membro da sua rede são entidades legais separadas e independentes. A DTTL (também referida como "Deloitte Global") não presta serviços a clientes. Para aceder à descrição detalhada da estrutura legal da DTTL e suas firmas membro consulte www.deloitte.com/pt/about

A Deloitte presta serviços de auditoria, consultoria fiscal, consultoria de negócios e de gestão, financial advisory, gestão de risco e serviços relacionados a clientes nos mais diversos setores de atividade. Com uma rede globalmente ligada de firmas membro em mais de 150 países e territórios, a Deloitte combina competências de elevado nível com oferta de serviços qualificados conferindo aos clientes o conhecimento que lhes permite abordar os desafios mais complexos dos seus negócios. Os mais de 225.000 profissionais da Deloitte assumem o compromisso de criar um impacte relevante na sociedade.

A informação contida neste comunicado de imprensa está correta no momento do envio à comunicação social.

Infografia TMT Predictions 2016

Para mais informações contacte:

Communications & Media Relations

 

Miguel Jerónimo 

mijeronimo@deloitte.pt

Tel: 210 423 064

 

Filipa Matos

mamatos@deloitte.pt

Tel: 210 423 038

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