Artigo

Perguntas & Respostas 

Descubra as potencialidades de Robotic & Intelligent Automation numa entrevista com Nelson Fontainhas

1. Como poderemos re-imaginar Portugal através de Robotic & Intelligent Automation (R&IA)?

As empresas portuguesas têm um mercado interno relativamente reduzido e tendem a apostar no mercado internacional, onde a concorrência é cada vez maior e mais alargada. É, por isso, importante garantir uma estratégia de diferenciação, seja ao nível das ofertas, seja ao nível dos modelos operacionais.

Nesse sentido, a implementação de processos R&IA numa empresa pode ser uma peça chave para assegurar a competitividade de uma atividade no mercado global. Através de uma integração direta com outras tecnologias, o R&IA potenciará um aumento de produtividade, uma melhor gestão de recursos e o crescimento de receitas, projetando a economia portuguesa e o seu fator inovador e disruptivo.

A digitalização através de R&IA é também um fator determinante para a resiliência do tecido empresarial em épocas de maior volatilidade, como ficou provado durante a pandemia COVID-19, em que as empresas com processos robotizados ultrapassaram melhor as questões de trabalho remoto, oscilações de atividade e capacidade de chegar aos seus clientes.

Por último, a rápida adoção do mercado português por estas tecnologias tem sido um fator de atração de investimento estrangeiro, como é exemplo da crescente instalação de centros de tecnologia e serviços partilhados de grupos multinacionais no nosso território.

2. Qual o potencial de Robotic & Intelligent Automation (R&IA) a nível internacional e nacional?

Há uns anos era normal identificarmos a área de R&IA com a execução de tarefas rotineiras e burocráticas que exigissem apenas um comportamento padronizado, repetitivo, no entanto, com o passar dos anos, este tipo de tecnologia passou por um período de grande desenvolvimento e, hoje em dia, o seu espectro de atuação é muito mais alargado, chegando a ter influência em processos de tomada de decisão.

A relação entre homem e máquina está cada vez mais estreita e o recurso por parte das empresas a R&IA, aliado à Inteligência Artificial e ao processamento de dados, já não visa garantir apenas uma melhor gestão do tempo, mas sim definir soluções estratégicas, disruptivas e inovadoras que possam aumentar as suas receitas e, simultaneamente, a produtividade das organizações.

3. O que é que Robotic & Intelligent Automation (R&IA) vem alterar na vida das empresas e das pessoas?

R&IA vem simplificar e maximizar os resultados de alguns processos do quotidiano das empresas e das pessoas.

Com a tendência geral de digitalização, as empresas acedem e processam cada vez mais informação, sendo essencial garantir que se extrai o máximo valor dessa informação e também que o seu processamento seja feito da forma mais eficiente. Neste contexto, a tecnologia R&IA consegue processar uma enorme quantidade de dados em tempo real e filtrar, processar e extrair informação relevante que permitirá às empresas ir ao encontro dos hábitos e necessidades dos seus clientes de uma forma mais assertiva.

Adicionalmente, com o impulso da Covid-19, estamos a caminhar para formatos de trabalho cada vez mais digitais e à distância, exigindo novos processos e automatismos que potenciem ao máximo o fator humano, através da preparação de informação para sua análise, eliminação de trabalho burocrático e melhoria da ligação entre o trabalhador e a empresa.

No quotidiano das pessoas é possível também identificar vários elementos em que R&IA tem um papel importante, seja no atendimento em call centers, na gestão do tráfego rodoviário ou na prevenção da criminalidade.

Achou esta informação útil?