Só 16% dos líderes espera investir na reinvenção da força de trabalho pós Covid-19 Foi salvo
Comunicados de Imprensa
Só 16% dos líderes espera investir na reinvenção da força de trabalho pós Covid-19
- Apesar de o investimento em tecnologia ter dobrado com a pandemia, o investimento das empresas nos seus colaboradores tem sido baixo;
- Apenas 17% faz investimentos significativos em novas competências para apoiar a sua estratégia de Inteligência Artificial (IA);
- Três quartos dos líderes espera obter novos skills através de formação, mas apenas 45% recompensam os colaboradores pelo seu desenvolvimento;
- Quase todos os entrevistados - 96% - afirmam que o bem-estar é uma responsabilidade organizacional.
LISBOA, 23 de julho de 2020 — Com a crise gerada pela COVID-19, as organizações tiveram que reagir e tomar medidas imediatas para responder aos constrangimentos causados pela pandemia, como a mudança para o trabalho remoto e virtual, a implementação de novas formas de trabalhar e redirecionar a força de trabalho para atividades críticas. Neste momento o desafio está em como as organizações deverão sustentar essas ações, incorporando-as na sua cultura organizacional e no seu ADN.
De acordo com a 10ª edição do estudo anual Human Capital Trends da Deloitte, apesar de haver um maior investimento em tecnologia, apenas 16% dos líderes empresariais esperam fazer um aumento significativo do investimento na reinvenção contínua da força de trabalho nos próximos três anos. Com as competências técnicas em rápida desatualização, as organizações devem investir em capacidades mais duradouras, como a criatividade, a colaboração, o pensamento crítico e a inteligência emocional de forma a manter a força de trabalho relevante.
No entanto, as organizações reconhecem que a aposta em novas competências ou na requalificação da sua força de trabalho é importante, com 53% dos entrevistados a afirmar que entre metade e toda a força de trabalho precisará de alterar as suas competências e reforçar as suas capacidades nos próximos três anos.
Embora as organizações estejam a avançar com diversas estratégias para reforçar a sua força de trabalho no futuro, 68% dos entrevistados relatam que as suas empresas estão atualmente a fazer apenas investimentos moderados em novos skills ou admitem mesmo que não estão a fazer qualquer investimento.
Cerca de 32% identificam a falta de investimento como a maior barreira para o desenvolvimento da força de trabalho na sua organização, com apenas 17% dos entrevistados a expressar confiança "em grande parte" de que suas organizações podem antecipar as skills que as suas organizações precisarão em três anos.
O estudo, que conta a participação de mais de 8 mil executivos em 119 países de todo o mundo revela que apenas 12% dos entrevistados afirmaram que as suas organizações estão a usar principalmente Inteligência Artificial (IA) para substituir colaboradores, enquanto que 60% disseram que sua organização estava a usar a IA para ajudar, em vez de substituir, a sua força de trabalho. Além disso, 66% dos líderes acreditavam que o número de postos de trabalho permaneceria o mesmo ou aumentaria como resultado do uso da IA nos próximos três anos nos seus respetivos negócios.
Apesar de, historicamente, as organizações serem responsáveis apenas pela segurança dos colaboradores, hoje, quase todos os entrevistados - 96% - afirmam que o bem-estar é uma responsabilidade organizacional. Embora 80% dos entrevistados identifiquem o bem-estar como uma prioridade importante ou muito importante para o sucesso de sua organização, 61% não estão a medir o impacto do bem-estar no desempenho organizacional. O bem-estar vai muito além da segurança ou saúde física e contribui para que os colaboradorestenham um sentimento de propósito e pertença.
“Um dos grandes desafios das organizações hoje em dia, alavancado pela pandemia de Covid-19, passa por criar junto dos seus profissionais um sentimento de pertença que possa contribuir para o sucesso individual de cada um e, em última instância, para o sucesso da empresa”, refere Nuno Carvalho, Partner e Human Capital Leader da Deloitte. “Bem-estar, segurança no local de trabalho, equilíbrio entre vida profissional e pessoal e boa comunicação dos valores da empresa são aspetos determinantes na criação de uma relação positiva entre os colaboradores e a sua organização”.
Quando questionados sobre se a criação de um sentido de pertença pode apoiar o desempenho organizacional, 63% responderam que sim, melhorando o alinhamento entre os objetivos individuais e organizacionais. Cerca de 28% dos entrevistados disseram que estar alinhados com o objetivo, a missão e os valores da organização são as formas mais impactantes de ajudar a garantir um sentimento de pertença.
O estudo da Deloitte revela, igualmente, que as organizações podem estar a deixar de reconhecer a importância a trabalhadores subcontratados, mesmo apesar de esse segmento da força de trabalho estar a crescer rapidamente. Por exemplo, apenas 21% das organizações dizem que sua estratégia de bem-estar inclui trabalhadores subcontratados. Um total de 80% dos entrevistados classificaram "a mudança radical no trabalho, carreiras e empregos devido à IA e aos novos modelos de emprego" como importantes ou muito importantes durante a próxima década. No entanto, apenas 45% disseram que estão preparados ou muito preparados para essa mudança - a menor pontuação de preparação para qualquer um dos pontos levantados como desafios emergentes nos próximos 10 anos.
Consulte no link o estudo “Human Capital Trends de 2020 ” da Deloitte .
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