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Covid-19 leva 61% dos gestores a querer transformar a forma de trabalhar das empresas que lideram

  • Principais fatores de transformação são o crescimento, a adaptabilidade e a resiliência (45%), o upskilling, reskilling e mobilidade (41%) e as novas tecnologias (35%); 
  • 28% das empresas admite que não tinha estratégias de preparação para a pandemia e a maioria (94%) não se focava em eventos improváveis de alto impacto como a Covid-19; 
  • Quase metade (47%) dos executivos afirma que a sua organização se concentra atualmente em múltiplos cenários, o que compara com os 23% pré-pandemia.
     

LISBOA, 15 de dezembro de 2020 — A pandemia da Covid-19 está a levar os gestores a transformar a forma de trabalhar das suas empresas não só pela necessidade de adaptação a novos desafios, mas também porque a crise é uma oportunidade para repensar e modificar as suas organizações. Esta é uma das principais conclusões do estudo Global Human Capital Trends 2021 da Deloitte, onde 61% dos gestores afirma que pretende transformar a forma de trabalhar das empresas que lideram, o dobro das intenções nesta matéria se comparado com períodos pré-pandemia em que apenas 29% dos líderes colocavam a transformação como prioridade.

A edição de 2021 deste estudo analisa de uma forma particular o modo como as organizações e os seus líderes poderão aproveitar a pandemia para recriar e re-imaginar o trabalho e baseia-se num inquérito realizado junto de 3.600 executivos em 96 países, incluindo Portugal. Inclui respostas de mais de 1.200 executivos a nível de topo e membros de conselhos de administração. Pela primeira vez em 11 anos do relatório, os entrevistados da área de gestão (56%), incluindo 233 CEOs, superaram os entrevistados da área de Recursos Humanos (44%), o que revela a importância crescente do capital humano na tomada de decisões organizacionais.

O estudo indica que os executivos estão cada vez mais a abandonar a otimização da automação e a repensar qual a melhor forma de integrar o fator humano e a tecnologia nas empresas. Durante a pandemia, as equipas tornaram-se no mecanismo de sobrevivência das organizações, permitindo adaptabilidade e velocidade, levando os líderes das empresas a construir “super-equipas”, unindo os colaboradores à tecnologia, e a re-imaginar o trabalho de uma forma mais humana.

A perspetiva dos gestores sobre Inteligência Artificial (IA) está também a mudar: de uma visão limitada a uma ferramenta de automação para uma nova forma de aumentar e potenciar as capacidades humanas da empresa. Muitos dos executivos consultados reconhecem que o uso de tecnologia e pessoas não é uma escolha "ou uma ou outra", mas sim uma parceria entre os dois.

Os três fatores identificados pelos executivos como importantes na transformação do trabalho das empresas foram a construção uma cultura organizacional que potencie o crescimento, a adaptabilidade e a resiliência (45%), através da requalificação (upskilling e reskilling) e mobilidade (41%) e através de novas tecnologias (35%).

De acordo com este estudo da Deloitte, a liderança é a qualidade mais valorizada com 60% dos executivos a afirmar que este atributo é crítico para atingir um ponto ótimo de preparação para os novos desafios da organização. No entanto, surgem como barreiras à transformação das empresas outras prioridades concorrentes (57%), a falta de preparação (43%) e falta de visão de futuro (27%) das organizações.

Cerca de 28% das empresas admite que não tinha estratégias de preparação para a pandemia e a maioria (94%) não se focava em eventos improváveis de alto impacto como a Covid-19. Atualmente, apenas 17% das empresas afirma ter uma estratégia de preparação para eventos “improváveis, de alto impacto”.

Quase metade (47%) dos executivos afirma que a sua organização se concentra em múltiplos cenários, um número superior ao registado em período pré-pandemia (23%). Na resposta à crise em tempo real foi dada maior relevância aos contributos dos colaboradores e das equipas, de forma a lidar de forma efetiva com múltiplos cenários e eventos improváveis.

O fator mais decisivo para a preparação da organização e das equipas consiste em libertar o potencial dos colaboradores através de um novo foco nas suas capacidades e atributos. Perto de 72% dos executivos identificaram “a capacidade da sua equipa em se adaptar, requalificar e assumir novas funções” como uma prioridade para enfrentar disrupções futuras na atividade das organizações. Contudo, apenas 17% desses executivos disseram que a sua organização estava "bem preparada" para se adaptar e requalificar os trabalhadores para assumir novas funções, o que denota uma desconexão substancial entre as prioridades dos líderes e a realidade de como as suas organizações apoiam o desenvolvimento da respetiva força de trabalho.

De acordo com Nuno Carvalho, Partner e Human Capital Leader da Deloitte, “as organizações estão a adotar formas radicalmente novas de trabalhar e re-imaginar o futuro do trabalho colocando as questões relacionadas com o capital humano no centro da sua estratégia e da sua atuação. Os executivos estão a mudar as suas estratégias de preparação e pôr as pessoas no centro das suas preocupações uma vez que é aí que se decide o futuro das suas organizações”.

Consulte no link o estudo “Human Capital Trends de 2021 ” da Deloitte .

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