Comunicados de Imprensa

CFOs mais otimistas quanto ao futuro do seu negócio, mas ainda defensivos nas estratégias a implementar

CFO Survey 2018

•    90% dos CFOs a operar em Portugal preveem uma melhoria na economia portuguesa no próximo ano e 53% estão otimistas em relação aos resultados financeiros das suas empresas

•    Apesar das altas expectativas, os CFOs irão manter as estratégias defensivas no próximo ano, com a eficiência do fundo de maneio e a redução de custos como prioridade

LISBOA, 30 de maio de 2018 — Os Chief Financial Officers (CFOs) em Portugal estão otimistas em relação às perspetivas económicas do país e confiantes com os resultados financeiros e o crescimento das suas organizações. Contudo, o elevado grau de incerteza associado a alguma fragilidade de balanços continua a demovê-los de arriscarem, mantendo a preferência por estratégias de negócio defensivas. Este cenário contrasta com a opinião dos CFOs na Europa, que revelam um maior apetite pelo risco e por estratégias mais expansionistas. As conclusões são da mais recente edição do estudo “European CFO Survey Spring 2018”, da Deloitte.

“Embora as recentes mudanças políticas sentidas em toda a Europa tenham aumentado os níveis de incerteza dos CFOs, não prejudicaram o seu otimismo, a sua disposição para assumir riscos e a confiança que têm no desempenho das suas empresas”, afirma Nelson Fontainhas, Partner da Deloitte. “Em Portugal, as expetativas económicas dos CFOs mantêm-se semelhantes ao último período analisado, o terceiro trimestre de 2017, com cerca de 90% dos inquiridos a demonstrarem-se otimistas em relação ao cenário económico português para o próximo ano”.

Otimismo e confiança nos resultados financeiros

Quando questionados sobre as perspetivas financeiras da sua empresa, em comparação com há seis meses atrás, 53% dos CFOs em Portugal dizem-se mais otimistas. Apenas 8% afirmam estar menos otimistas, representando um saldo líquido positivo de 45%.

Os CFOs das empresas em Portugal também estão otimistas quanto às receitas das suas empresas, com 75% a prever um crescimento nos próximos 12 meses, um valor que é ligeiramente inferior ao apurado há seis meses atrás (77%).

“O maior otimismo deve-se à recuperação do crescimento económico a nível nacional, a um défice fiscal mais reduzido, à perceção de uma maior estabilidade política e à capacidade de o país se continuar a financiar externamente. De facto, o Banco de Portugal reviu em alta o crescimento económico para 2018, de 2,2% para 2,3%, esperando que o crescimento a longo prazo seja guiado pelo forte desempenho das exportações de bens e serviços e pelo crescimento do consumo privado”, revela Nelson Fontainhas.

A nível europeu, o número de CFOs que estão mais otimistas em relação às perspetivas financeiras da sua empresa é mais reduzido (38%). Ainda assim, apenas 12% dizem estar menos otimistas. Em relação à previsão da evolução das receitas, 73% dos inquiridos afirmam estar mais otimistas, o que representa um crescimento face aos 70% indicados na edição anterior do estudo.

CFOs na Europa posicionam-se para expansão. Portugal contrasta.

Quando questionados sobre quais as cinco principais prioridades para o próximo ano, 11 dos países privilegiam as estratégias expansivas face às defensivas. No entanto, Portugal não se insere neste grupo. Os CFOs inquiridos identificam como principais prioridades as estratégias defensivas, com 81% a selecionar a eficiência do fundo de maneio e 84% a redução dos custos.

Incerteza permanece

Perto de 60% dos CFOs em Portugal consideram que os seus negócios enfrentam um elevado nível de incerteza financeira e económica externa. Apenas 8% dos inquiridos revelam que o nível de incerteza é reduzido, resultando num saldo líquido positivo de 51%.

Os resultados europeus seguem a mesma tendência, com 52% dos CFOs a considerarem que existe um elevado grau de incerteza no seu negócio. As perceções de incerteza são mais elevadas no Reino Unido (86%) e na Grécia (83%). Apenas 9% dos CFOs da Dinamarca referem enfrentar elevada incerteza, a mais baixa de todos os países, seguida pela Finlândia (11%), pela Noruega e Suécia (15%).

Pouco apetite pelo risco em Portugal e na Europa

Em Portugal, os inquiridos continuam a não estar disponíveis para arriscar nos seus balanços, com 65% a afirmarem que não é um bom momento para assumir o risco. Esta percentagem mantém-se igual à registada no estudo anterior.

Para 34% dos CFOs da Europa este parece ser um bom momento para arriscar, um valor que se mantém semelhante ao apurado há seis meses. O apetite pelo risco é mais forte na Finlândia, onde 64% afirmam que é um bom momento para assumir risco, seguida de Espanha (60%) e da Rússia (50%).

Melhoria das perspetivas de capex e contratação

De acordo com CFO Survey da Deloitte, em Portugal o sentimento de investimento continua elevado, mas diminuiu ligeiramente. Cerca de 49% dos CFOs planeiam aumentar o capex, um decréscimo em relação aos 52% registados no terceiro trimestre de 2017.

“É interessante destacar que apesar dos CFOs em Portugal demonstrarem um dos mais baixos apetites pelo risco, revelam estarem mais predispostos a aumentar o investimento. Esta percentagem está acima da média Europeia e da Zona Euro”, acrescenta Nelson Fontainhas, da Deloitte.

Cerca 45% dos CFOs europeus afirmam que é expetável que a sua empresa aumente o capex nos próximos 12 meses, acima dos 43% de há seis meses. Os CFOs britânicos são os menos otimistas, com uma variação negativa de 22%, e os da Irlanda os mais otimistas, com uma variação positiva de 62%, face ao último período analisado.

Quando questionados sobre as expetativas de contratação de trabalhadores, as previsões dos CFOs portugueses continuam a ser positivas. 51% dos inquiridos prevê um aumento do número de colaboradores na sua empresa nos próximos 12 meses, o que representa um aumento face aos 44% apurados no último trimestre de 2017.

A nível europeu, 43% dos CFOs dizem que sua empresa provavelmente irá aumentar o número de trabalhadores no próximo ano. Uma vez mais, o Reino Unido tem a menor margem de respostas positivas, enquanto a Irlanda continua a ter o maior número de respostas positivas.

CFOs estão preparados para a transformação digital

Nesta edição do estudo foi incluída pela primeira vez uma questão sobre a nova era digital. Em Portugal, os CFOs inquiridos revelam-se muito confiantes quanto ao seu nível de preparação para dar resposta aos desafios da transformação digital. Cerca de metade dos CFOs inquiridos (43%) acredita que as suas equipas estão preparadas e apenas um quinto vê a preparação das suas equipas como insuficiente.

Preocupações regulatórias começam a superar riscos políticos e económicos

Em Portugal, os principais riscos de negócio identificados pelos CFOs são as políticas públicas nacionais (67%), apesar da diminuição do grau de risco. Por outro lado, a subida dos custos de mão de obra e a subida dos custos da matéria prima são mencionadas como os fatores cujo risco para o negócio mais aumentou face ao último período avaliado (+4pp e +8pp, respetivamente).

Aceda aqui ao estudo "European CFO Survey Spring 2018".

 

Sobre o European CFO Survey

O European CFO Survey é um estudo semestral que analisa as respostas de 1.652 CFOs de 20 países europeus: Áustria, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Islândia, Itália, Noruega, Polónia, Portugal, Reino Unido, Rússia, Suécia, Suíça e Turquia. Nesta edição relativa ao 1º trimestre de 2018, ficamos a conhecer as expetativas económicas, financeiras e estratégias de cerca de 100 CFOs a operar em Portugal, face aos períodos anteriores e aos seus pares europeus.

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