CPO’s exploram potencialidades de trabalhar com agilidade para entregar e proteger valor, apesar da incerteza pandémica, revela estudo da Deloitte

• CPO’s assumem um papel cada vez mais complexo, integrado e estratégico no C-level, evidenciado pela crise pandémica e pelos novos desafios das cadeias de abastecimento;
  
• A eficiência operacional é identificada como a principal prioridade neste estudo, ultrapassando a redução de custos pela primeira vez numa década;
• Procurement “agility masters”: emerge como tendência a capitalização de novas tecnologias e modelos de funcionamento mais flexíveis para uma rápida adaptação ao mercado do ‘novo normal’.

LISBOA, 9 de junho de 2021 — A crise pandémica ampliou as prioridades dos Chief
Procurement Officers (CPO’s), que para entregar e proteger valor estão a apostar cada vez mais nas potencialidades de Agility na cadeia de abastecimento, segundo as conclusões do estudo Global Chief Procurement Officer 2021, elaborado pela consultora Deloitte.

"Os CPO’s estão numa posição única para ajudar o C-Suite das suas organizações a navegar nos tempos desafiantes que vivemos. O seu papel assumiu-se, ao longo do último ano, como crítico para construir agilidade na cadeia de abastecimento, na gestão e mitigação de risco e na transformação digital para prosperar neste novo ecossistema” refere Diogo Santos, Partner da Deloitte.

Ampliar prioridades
Os CPO’s indicaram que as suas prioridades estão a crescer, tanto em dimensão como em importância, e pela primeira vez em 10 anos de edição deste estudo, os inquiridos não nomearam a "redução de custos" como a sua principal preocupação. Em vez disso, emerge uma nova prioridade, a "eficiência operacional", que surge em primeiro lugar com uma pontuação ponderada de 78,0. A transformação digital ocupa o terceiro lugar de prioridades, com uma
pontuação de 76,1 –, o que significa que manteve a posição face a edições anteriores, mas cresceu significativamente em importância, com um aumento de 20% desde 2019. Este ano, 48% dos CPO’s consideram a transformação digital uma forte prioridade. 

A responsabilidade social e corporativa (CSR) registou o maior aumento entre as áreas de prioridade (de 22% em relação a 2019) e tem 75% mais probabilidades de ser formalmente medida por empresas de elevada performance.

A inovação figura em quarto lugar com uma pontuação ponderada de 72,9, refletindo a necessidade de elevar o nível das operações internas e melhorar a transparência da cadeia de abastecimento e a colaboração dos fornecedores de forma mais ampla. O estudo revelou que as organizações de elevada performance estão a gerar uma maior visibilidade da rede de abastecimento, devido às tecnologias de próxima geração, como a inteligência artificial e cognitiva.

Gestão de risco
A grande maioria dos inquiridos (70%) indicou que o risco aumentou durante o último ano. 56% afirmaram que os principais fornecedores faliram ou foram gravemente prejudicados, e 41% tiveram de acelerar a expedição para manter as linhas de abastecimento a fluir. Cerca de 70% dos CPO’s acreditaram que tinham boa visibilidade sobre os riscos existentes nos seus fornecedores diretos (nível 1), mas apenas 15% tinham visibilidade nos níveis inferiores. Apenas 26% rastreavam formalmente o risco na sua base de abastecimento. A crise da COVID-19 destacou a necessidade de compreender melhor a rede de fornecedores, de ponta a ponta, e os riscos que existem para além dos fornecedores diretos.  

Agile Procurement
O estudo Global Chief Procurement Officer 2021 analisou a agilidade através de capacidades específicas e através de um "índice de agilidade". Os resultados revelam que a agilidade está fortemente correlacionada com um maior desempenho global e outras capacidades de procurement. Os dados revelam que as organizações de procurement com elevada performance integram competências de agilidade fundamentais, incluindo:

• São duas vezes mais suscetíveis de alavancar modelos híbridos de apoio à gestão de serviços para aceder a conhecimento, capacidades e experiência não disponíveis internamente;
• Têm 10 vezes mais probabilidade de adotar soluções de RPA;
• Têm 18 vezes mais probabilidade de desenvolver competências de inteligência artificial/cognitiva.

Os CPO’s têm vindo a transcender os seus papéis tradicionais evoluindo para papéis de transformação e de estratégia. Os CPO’s de elevada performance investem cerca de 15% mais do seu tempo como estrategas e ocupam mais de 50% da sua jornada em atividades estratégicas. O Procurement emergiu como um motor-chave da competitividade nas empresas modernas entre uma vasta lista de prioridades - e os CPO’s devem responder em conformidade.

Aceda aqui ao estudo Global Chief Procurement Officer da Deloitte.