Comunicados de Imprensa

Real Madrid reconquista título de maior clube de futebol do mundo em receitas geradas, com proveitos de 750M€ na última época

Deloitte Football Money League 2019

  • Receitas combinadas dos 20 maiores clubes da Money League, na época 2017/18, cresceram 6% para 8,3 mil milhões de euros, um novo valor recorde;
  • Real Madrid regressa ao primeiro lugar desta liga pela 12ª vez, com uma receita de 750,9 milhões de euros. O clube espanhol estava afastado da liderança deste ranking desde a época de 2014/15;
  • FC Barcelona sobe uma posição e instala-se no segundo lugar, colocando Espanha na liderança da Money League. Manchester United perde o primeiro lugar conquistado no ano passado e desce até ao terceiro lugar da tabela;
  • Tottenham Hotspur regressa ao top 10 pela segunda vez. A última vez que o clube esteve neste grupo foi em 2006/07. Inglaterra atinge recorde com seis clubes de futebol no top 10;
  • A 22ª edição do Deloitte Football Money League lista os 20 maiores clubes de futebol do mundo, em termos de receitas.

LISBOA, 24 de janeiro de 2019 - Os 20 clubes de futebol com maiores ganhos do mundo geraram 8,3 mil milhões de euros de receitas na época de 2017/18, um valor recorde que traduz um crescimento de 6% face ao ano passado, de acordo com a 22ª edição do estudo Football Money League do Sports Business Group da Deloitte.

O Real Madrid (750,9 milhões de euros de receita total), o FC Barcelona (690,4 milhões de euros) e o Manchester United (666 milhões de euros) são os clubes de futebol que lideram os lugares cimeiros da Football Money League este ano, com um rendimento coletivo de 2,1 mil milhões de euros, mais do dobro da receita agregada registada pelos mesmos três clubes há 10 anos, na época de 2007/08. Foi necessária uma receita de quase 200 milhões de euros para garantir um lugar no top 20 deste ano.

As receitas de transmissão continuam a ser a maior fonte de receita individual, representando 43% da receita total combinada registada este ano pelo top 20 da Money League – 8,3 mil milhões de euros. No entanto, a edição deste ano destaca uma nova tendência: o crescimento das receitas comerciais que já representam 40% da receita total. As receitas de dias de jogo mantêm-se inalteradas nos 17%.

Reinado espanhol: primeiro duelo espanhol pelo trono desde 2014/15

Com uma receita recorde de 750,9 milhões de euros, o Real Madrid regressou ao primeiro lugar da Money League, pela primeira vez desde 2014/15. O valor que separa o primeiro do segundo lugar é o segundo mais alto da história da Money League (60,5 milhões de euros).

 

“O futebol europeu continua a ser um mercado fortíssimo, com um crescimento anual de receitas de quase 450 milhões de euros este ano na Football Money League. No topo encontramos o Real Madrid com novos recordes, ao tornar-se o primeiro clube do mundo a ficar apenas a um quarto dos mil milhões de euros, e ao somar 12 primeiros lugares na Money League, um título que nenhum outro clube conseguiu conquistar” avança Dan Jones, sócio da Deloitte na área de Sports Business.

A receita dos ‘Los Blancos’ aumentou em mais de 75 milhões de euros, face ao ano passado, com a conquista do terceiro título sucessivo na Liga dos Campeões. Este valor foi impulsionado pelo aumento das receitas comerciais (54,8 milhões de euros), nomeadamente dos patrocínios, merchandising e da exploração dos cada vez mais lucrativos jogos de pré-época. Com 356,2 milhões de euros, o Real Madrid tem atualmente a maior receita comercial a nível global, algo que comprova a atração pela marca em todo o mundo.

“O impressionante desempenho financeiro do Real Madrid em 2017/18 tem por base um histórico de sucessos e conquistas, como é o caso do terceiro título na Liga dos Campeões. São estas conquistas que permitem ao clube atrair investimento publicitário e aproveitar o facto de as marcas quererem estar ao lado dos maiores e mais fortes clubes europeus” acrescenta Jones.

“A maioria dos clubes do nosso top 10 está presente nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões da UEFA, e prevê um aumento das receitas. Isto significa que o desempenho destas equipas na principal competição da UEFA poderá ter um impacto significativo na sua classificação no ranking do próximo ano”, conclui.

Premier League domina top 10

Apesar de o Manchester United ter caído do primeiro para o terceiro lugar, a English Premier League conseguiu garantir seis equipas no top 10 deste ano, a maior representação de sempre de um país. O Tottenham Hotspur (428,3 milhões de euros de receita total) regressou à lista dos 10 maiores clubes da Money League pela primeira vez desde 2006/07. O clube jogou a época inteira no Wembley Stadium e conseguiu aumentar as receitas de jogo em 29,9 milhões de euros (54%).

O Manchester City (568,4 milhões de euros) consolidou o seu lugar no top cinco, e o Liverpool (513,7 milhões de euros) fixou-se no sétimo lugar depois de ter garantido presença na final da Liga dos Campeões, registando um impressionante crescimento das receitas de 102,3 milhões de euros. Só as receitas de transmissão do Liverpool, que aumentaram 68,8 milhões de euros para 251,3 milhões de euros, no seguimento dos valores recebidos da UEFA, seriam suficientes para garantir ao clube um lugar no top 15 da Money League deste ano.

O Chelsea (505,7 milhões de euros) manteve o oitavo lugar, enquanto o Arsenal (439,2 milhões de euros) caiu para nono. Após o seu afastamento da Liga do Campeões pela primeira vez desde 1997/1998, o clube foi ultrapassado pelos seus rivais em termos de resultados financeiros. O Everton (212,9 milhões de euros) e o West Ham (197,9 milhões de euros) mantiveram as suas posições no top 20. Com o regresso à Premier League em 2017/18, o Newcastle United (201,5 milhões de euros) conseguiu assegurar o 19º lugar nesta tabela.

Sam Boor, senior manager da Deloitte na área de Sports Business, afirma que “a presença substancial de clubes da Premier League continua a ser sentida na edição deste ano da Football Money League da Deloitte. Contudo, e com o concurso da Premier League para o próximo ciclo de direitos domésticos a partir de 2019/20 concluído e a venda de direitos no exterior perto da estar concluída, é evidente que os clubes da Premier League não poderão contar com o crescimento explosivo das distribuições de emissão como fonte de crescimento futuro, como tem sido o caso dos últimos anos.”

“Esperamos que exista uma ênfase ainda maior entre estes clubes na produção do seu próprio crescimento para a próxima época e, em particular, na otimização da receita comercial, que tem sido uma área fundamental para diferenciar o crescimento na maioria dos principais clubes da Europa nos últimos anos”, explica.

Gigantes europeus beneficiam do mercado de transferências

O Paris Saint-Germain inverteu dois anos consecutivos de queda na Money League deste ano, melhorando uma posição para terminar em sexto. As contratações de Neymar Jr. e Kylian Mbappé no verão de 2017 tiveram um impacto positivo notável na receita do PSG, com o clube francês a alcançar um total de 541,7 milhões de euros. Neste capítulo, a necessidade de se querer ver alguns dos melhores jogadores do mundo traduziu-se em maiores assistências e melhores receitas comerciais em cada jogo.

O Bayern Munich registou a quarta posição no ranking, mantendo-se durante onze edições consecutivas entre os cinco primeiros lugares. O Internazionale subiu uma posição para o 14º posto, depois de outro ano de crescimento da receita comercial e do melhor desempenho em campo, ao passo que a AS Roma e o AC Milan voltaram ao top 20 graças aos respetivos progressos nas competições da UEFA. O desempenho na Liga dos Campeões também foi fundamental para o Beşiktas (26º), que alcançou a sua melhor posição na Liga dos Campeões, e para o Sevilla (27º).

Sam Boor reforça que “o nosso estudo identificou de que forma o potencial global de um jogador de destaque em oferecer uma vantagem competitiva fora do campo poderá estar a ganhar importância enquanto elemento a ser considerado pelos clubes ao conceberem as suas políticas de transferência. Já tivemos provas de como contratar esses jogadores pode ter um impacto financeiro positivo, e no próximo ano será interessante ver se a contratação de Cristiano Ronaldo no verão de 2018 trará benefícios semelhantes para a Juventus no relvado e fora dele pela primeira vez desde 2011/12.”

Aceda aqui ao estudo na íntegra.



Football Money League da Deloitte – Receitas de 2016/17

Ranking

(Posição do ano anterior)

Clube

Receita em 2017/18 (m€)

(Receita em 2016/17)

Receita em 2017/18 (m£)

(Receita em 2016/17)

1 (2)

Real Madrid

750.9 (674.6)

665.2 (579.7)

2 (3)

FC Barcelona

690.4 (648.3)

611.6 (557.1)

3 (1)

Manchester United

666 (676.3)

590 (581.2)

4 (4)

Bayern Munich

629.2 (587.8)

557.4 (505.1)

5 (5)

Manchester City

568.4 (527.7)

503.5 (453.5)

6 (7)

Paris Saint-Germain

541.7 (486.2)

479.9 (417.8)

7 (9)

Liverpool

513.7 (424.2)

455.1 (364.5)

8 (8)

Chelsea

505.7 (428.0)

448 (367.8)

9 (6)

Arsenal

439.2 (487.6)

389.1 (419)

10 (11)

Tottenham Hotspur

428.3 (359.5)

379.4 (308.9)

11 (10)

Juventus

394.9 (405.7)

349.8 (348.6)

12 (12)

Borussia Dortmund

317.2 (332.6)

281 (285.8)

13 (13)

Atlético de Madrid

304.4 (272.5)

269.6 (234.2)

14 (15)

Internazionale

280.8 (262.1)

248.7 (225.2)

15 (n/a)

AS Roma

250 (171.8)

221.5 (147.6)

16 (16)

Schalke 04

243.8 (230.2)

216 (197.8)

17 (20)

Everton

212.9 (199.2)

188.6 (171.2)

18 (n/a)

AC Milan

207.7 (191.7)

184 (164.7)

19 (n/a)

Newcastle United

201.5 (99.7)

178.5 (85.7)

20 (17)

West Ham

197.9 (213.3)

175.3 (183.3)

 

Nota Técnica:

 

Este comunicado de imprensa baseia-se no estudo Football Money League da consultora Deloitte publicado em janeiro de 2019. Conforme explicado mais detalhadamente na publicação, os valores das receitas são obtidos a partir das demonstrações financeiras anuais apresentadas pela empresa ou grupo respeitante a cada clube, ou de outras fontes diretas, para a época desportiva 2017/18.

Há muitas formas de examinar a riqueza ou valor relativo dos clubes de futebol. No caso do estudo Football Money League da Deloitte, a receita tem sido usada como a medida de desempenho financeiro mais facilmente disponível e comparável.

A receita exclui taxas de transferência de jogadores, IVA e outros impostos relacionados com vendas. Em alguns casos efetuámos ajustes aos valores de receita total para permitir, segundo o nosso ponto de vista, uma comparação mais significativa do negócio do futebol ao nível de cada clube.

Para efeitos desta publicação, não efetuámos qualquer trabalho de verificação nem auditámos qualquer informação contida nas demonstrações financeiras ou noutras fontes relativamente a cada clube.

Para efeitos das comparações internacionais, e salvo indicação em contrário, todos os valores para a época 2017/18 foram convertidos utilizando uma taxa de câmbio média para o ano terminado no dia 30 de junho de 2018: 1£ = 1,1289 €. Os números comparativos foram extraídos de edições anteriores do estudo Football Money League da Deloitte, ou de demonstrações financeiras anuais relevantes ou de outras fontes diretas.

Ainda durante este ano será publicado o estudo Annual Review of Football Finance da Deloitte, fornecendo uma análise mais detalhada do panorama inglês e europeu no que concerne à finança no futebol.

Sobre o Sports Business Group da Deloitte

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