Comunicados de Imprensa

Maiores retalhistas do mundo registam forte crescimento, revela estudo da Deloitte

Global Powers of Retailing 2019

  • Receitas das 250 maiores empresas de retalho do mundo atingem os 4,53 biliões (1012) de dólares no ano fiscal de 2017    
  • Cadeias americanas Wal-Mart, Costco Wholesale e Kroger lideram uma vez mais o ranking global  
  • Amazon sobe até ao 4º lugar impulsionada por uma estratégia competitiva de preços e uma forte aposta no serviço de entregas Prime, bem como pela aquisição da Whole Foods
  • Retalhistas portugueses sobem no ranking: Jerónimo Martins (55ª posição) e Sonae (156ª posição)

 

LISBOA, 17 de janeiro de 2019 — Os 250 maiores retalhistas a nível global geraram receitas agregadas no valor de 4,53 biliões de dólares, no ano fiscal de 2017 (correspondente ao exercício encerrado até junho de 2018), valor que representa um crescimento de 5,7%, de acordo com o estudo Global Powers of Retailing 2019 da Deloitte.

As cadeias americanas Wal-Mart, Costco e Kroger lideram os lugares cimeiros deste ranking, à semelhança do ano anterior, registando-se como novidade a subida ao quarto lugar da Amazon, uma conquista impulsionada por uma estratégia competitiva de preços, uma forte aposta no serviço de entregas Prime e pela aquisição da Whole Foods.

Os 10 maiores retalhistas do mundo contribuíram em 31,6% para a receita gerada no ano fiscal de 2017 neste ranking. O crescimento registado pelo Top 10 ultrapassou o crescimento reportado pelos 250 retalhistas neste estudo, com 6,1% e 5,7% respetivamente. No entanto, a margem de lucro líquida total dos 10 maiores retalhistas foi mais baixa quando comparada com o Top 250.

Este cenário deve-se ao facto de oito dos 10 retalhistas trabalharem no retalho alimentar, um setor com margens baixas, que estão permanentemente sob pressão devido ao aumento dos custos, ao baixo poder de fixação de preços imposto pela crescente concorrência e transparência, e ao investimento necessário na transformação digital dos negócios.

O retalho alimentar é o que mais contribuiu para o Top 250. As 138 empresas deste setor (55,2% dos retalhistas que compõem o Top 250) geraram 66,2% das receitas do retalho no ano fiscal de 2017. Comparativamente a outros setores, os retalhistas desta área de atividade têm a maior receita média do retalho (21.7 mil milhões de dólares no período em análise). Apesar de ser o setor que mais contribui para o total de receitas das 250 maiores empresas de retalho, possui tipicamente margens baixas e como tal exibe a margem de lucro líquida mais baixa de todas as áreas (1,6% no ano fiscal de 2017).

A posição da Europa e Portugal no ranking

A conjuntura económica na zona Euro tem vindo a registar uma desaceleração e existe uma crescente incerteza e instabilidade política entre os Estados-membro (por exemplo com o Brexit) que se tem refletido numa descida da procura.

“Para os retalhistas, estes indicadores macroeconómicos vão traduzir-se num crescimento mais lento dos gastos de consumo, no aumento dos preços e em perturbações nas cadeias de fornecimento globais. É expetável por isso que, nos próximos anos, o setor enfrente alguns desafios nesta matéria. Contudo, os mercados maduros apresentam igualmente um conjunto de novas oportunidades ao nível da inovação tecnológica” avança Miguel Eiras Antunes, sócio e líder do setor de Retalho da Deloitte. 

A Europa tem o número mais alto de retalhistas no Top 250, com 87 empresas sediadas nesta região (34,8%), mais 5 que no período homólogo. França tem os maiores retalhistas, com um dimensão média de 29,1 mil milhões de dólares, um valor muito superior à dimensão media do Top 250, de 18,4 mil milhões de dólares.

Quanto aos retalhistas portugueses, a Jerónimo Martins integra o ranking na 55ª posição, subindo mais de 60 posições nos últimos dez anos. Para este retalhista, o ano de 2017 foi marcado por um forte desempenho operacional,com receitas agregadas no valor de 18.346 mil milhões de dólares, com todas as geografias e insígnias a reforçarem as suas posições de mercado (Portugal, Polónia e Colômbia).  

A Sonae subiu cerca de 20 posições nos últimos dez anos no ranking global, ocupando atualmente o 156º lugar. No ano fiscal de 2017, os negócios da Sonae continuaram a crescer a bom ritmo e progrediram significativamente no desenvolvimento da sua estratégia, com receitas agregadas de 6.260 mil milhões de dólares, com contributo positivo de todas as áreas em especial do negócio de base alimentar. Entre as 250 empresas analisadas, a Sonae surge na 25ª posição entre os retalhistas com a maior expansão geográfica da sua operação.

“Os retalhistas europeus continuam a ser os mais ativos a nível global pelo facto de procurarem oportunidades de crescimento fora dos respetivos mercados maduros. Uma estratégia seguida também pelos dois maiores retalhistas portugueses, cujas operações em mercados externos continuam a representar uma forte aposta” afirma Pedro Miguel Silva, sócio do setor de Retalho da Deloitte.

Nota técnica: A 22ª edição do Global Powers of Retailing da Deloitte identifica os 250 maiores retalhistas do mundo e analisa o desempenho obtido pelo setor, ao nível do volume de negócios, crescimento e rentabilidade nas várias geografias, segmentos de atividade e formatos de loja.

Para mais informações contacte:

Comunications & Media Relations

Maria Filipa Matos
mamatos@deloitte.pt
Tel: 210 423 038

Olga Neves
oneves@deloitte.pt
Tel: 918 985 824

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