Comunicados de Imprensa

Sistemas de controlo ineficientes e falta de ética são as principais razões para a ocorrência de fraude em Portugal

  • A inexistência de um sistema de controlo interno eficiente (41%) e a falta de valores éticos (39%) são apontados como as principais razões para a ocorrência de fraude no setor empresarial português;
  • Mais de um terço das empresas inquiridas dizem ter enfrentado pelo menos uma situação de fraude nos últimos dois anos;
  • Tráfico de influências, suborno e corrupção são as formas mais comuns de fraude em Portugal; 
  • Procurement (43%), área comercial (27%) e áreas de financiamento e atividades relacionadas (26%) foram enunciadas como as áreas mais suscetíveis à ocorrência de fraude;
  • Cerca de 70% das organizações considera que o número de situações de fraude no mercado nacional irá manter-se ou aumentar nos próximos anos.

 

LISBOA, 14 de janeiro de 2020 – As empresas portuguesas apontam a existência de sistemas de controlo pouco eficientes e a falta de valores éticos como as principais razões para a ocorrência de fraude no mercado nacional. Esta é uma das conclusões da primeira edição do Fraud Survey Portugal, um estudo realizado pela Deloitte sobre a temática da fraude no setor empresarial.

 A maioria das organizações inquiridas acredita que tem havido uma melhoria dos mecanismos de prevenção de fraude em Portugal (64%), no entanto, há uma perceção generalizada de que, ainda assim, o envolvimento das empresas em situações de fraude tem vindo a aumentar nos últimos anos (47%). Numa perspetiva de futuro, cerca de 70% dos respondentes defende que o número de casos vai manter-se ou aumentar nos próximos anos.

Adicionalmente, mais de um terço das empresas admitiu ter enfrentado pelo menos uma situação de fraude nos últimos dois anos, identificando como principais consequências associadas a perda de reputação e a redução dos respetivos lucros. Para 95% dos inquiridos, a ocorrência destes casos é da responsabilidade dos quadros médios e superiores da empresa.

A primeira edição do Deloitte Fraud Survey Portugal teve a participação de Chief Financial Officers, Diretores Financeiros e de Compliance, Risco e Controlo das maiores organizações do país e contou com mais de 170 respostas. 

 “As consequências associadas à ocorrência de fraude podem causar impactos significativos nas empresas do ponto de vista reputacional, financeiro, operacional e legal. Torna-se, por isso, importante conhecer aprofundadamente as situações de fraude e os riscos que dela advêm para as organizações” afirma Joaquim Paulo, Partner de Financial Advisory e Forensic da Deloitte. “Esperamos que o Fraud Survey Portugal possa ser uma ferramenta útil para os líderes das empresas, no sentido de os ajudar a entender as consequências de uma eventual exposição à fraude e, com isso, melhorar a sua capacidade de prevenção e mitigação deste tipo de risco”.

O tráfico de influências (65%), a corrupção (41%) e o suborno (31%) são as formas mais comuns de fraude no mercado nacional, de acordo com os inquiridos, sendo que o setor financeiro é considerado pela maioria (57%) como o mais permeável à ocorrência de fraude.

No que diz respeito à divisão por áreas de negócio, o Procurement (43%) é visto como a mais vulnerável a casos de fraude, seguida da área comercial (27%) e de financiamento (26%).

Como forma de combate à fraude, 70% das empresas participantes indicam que têm uma política e procedimentos antifraude devidamente comunicados aos seus colaboradores. Apesar disso, mais de 40% das organizações não tem um canal interno específico para reportar situações irregulares ou potencialmente fraudulentas e 28% admite que a sua empresa não faz uma alocação de recursos adequada para a mitigação do risco de fraude. 

Para mais informações contacte:

João Póvoas

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