Comunicados de Imprensa

Pós COVID-19: 70% dos investidores mantém investimentos no mercado de luxo

Global Fashion & Luxury Private Equity and Investors Survey 2020

  • Impacto da pandemia será seguido de rápida recuperação nas indústrias da moda e luxo. Hotéis de luxo, cruzeiros, relógios e jóias e mobiliário serão mais afetados.
  • Bens pessoais de luxo serão mais resilientes em comparação com outros bens de luxo e devem recuperar e atingir 1,1 vezes o nível de receita de 2019 até 2025.
  • Em 2019 houve 271 negócios de fusões & aquisições com ligeiro aumento de cerca de 2% em relação ao ano anterior. 
  • Perspetiva dos investidores mostra impacto médio esperado nas receitas de 2020 na faixa de 21 a 30%, com previsões positivas para Ásia e Médio Oriente.
  • Adoção de tecnologias disruptivas como Big Data & Analytics, Inteligência Artificial e Internet das Coisas devem aumentar.

LISBOA, 13 de julho de 2020 — Os efeitos da pandemia do Coronavírus mas também um cenário de instabilidade política global, políticas protecionistas como consequência de novos acordos comerciais e a difusão de tecnologias digitais estão a ter um impacto profundo na alteração dos modelos de negócios no mercado global de luxo. É neste cenário que os investidores globais e em particular do setor de Moda & Luxo deverão operar, de acordo com o Global Fashion & Luxury Private Equity and Investors Survey 2020.

O estudo da Deloitte, que analisa as tendências do mercado de luxo a nível global, revela que no período Pós-Covid-19, cerca de 70% dos investidores irão manter os seus investimentos no mercado de luxo. De acordo com esta análise, os setores do vestuário & acessórios, cosméticos & perfumes e luxo digital serão os mais importantes.

Após a queda em 2020, devido ao impacto da Covid-19, o mercado de bens pessoais de luxo deverá atingir até 2025, 1,1 vezes o nível de vendas registado em 2019. De acordo com o estudo da Deloitte, o mercado antevê que os hotéis de luxo, a indústria de cruzeiros, relógios & joias e móveis de luxo sejam os setores mais afetados pela pandemia. Por seu turno, cosméticos & perfumes e aviões particulares serão os menos afetados.

No que toca ao ritmo de recuperação pós-Covid-19, hotéis de luxo, vestuário & acessórios e cosméticos & perfumes terão uma retoma mais rápida, beneficiando da reabertura de fronteiras e do aumento do foco nas vendas on-line.

No setor de bens pessoais de luxo, espera-se que a Europa e Américas sofram uma maior contração da procura, com uma queda esperada nas vendas de 30 a 40% e tempo de recuperação esperado de entre 12 a 18 meses. As estratégias mais adotadas para superar a crise serão o foco dos canais de distribuição online, marketing e promoção digital e sustentabilidade ambiental.

Fusões & Aquisições: hotéis de luxo impulsionam crescimento

O ano de 2019 provou ser um ano positivo para o mercado de luxo, com 271 transações, que representou um aumento ligeiro, de mais 6 operações em comparação com o ano anterior.

O setor de hotéis, que representa 43% do total, foi o melhor segmento em termos de crescimento de transações em relação ao período homólogo, com mais 40 negócios. As transações no setor de carros de luxo aumentaram durante 2019 (mais 6 operações), impulsionadas pela indústria de carros elétricos.

As transações em Artigos de Luxo Pessoais diminuíram (-53 em comparação com 2018), com "vestuário & acessórios" (17% do total) diminuindo 26 transações, "relógios & joalharia" (4% do total) diminuindo 17 negócios e "cosméticos & perfumes” (12% do total) diminuindo 10 operações, em comparação com o ano anterior.

Em 2019, os investidores estratégicos, que representam 55% do total, lideraram as operações de fusões e aquisição concentradas principalmente no mundo dos "hotéis" e "outras indústrias".

Fusões & Aquisições: hotéis de luxo impulsionam crescimento

O ano de 2019 provou ser um ano positivo para o mercado de luxo, com 271 transações, que representou um aumento ligeiro, de mais 6 operações em comparação com o ano anterior.

O setor de hotéis, que representa 43% do total, foi o melhor segmento em termos de crescimento de transações em relação ao período homólogo, com mais 40 negócios. As transações no setor de carros de luxo aumentaram durante 2019 (mais 6 operações), impulsionadas pela indústria de carros elétricos.

As transações em Artigos de Luxo Pessoais diminuíram (-53 em comparação com 2018), com "vestuário & acessórios" (17% do total) diminuindo 26 transações, "relógios & joalharia" (4% do total) diminuindo 17 negócios e "cosméticos & perfumes” (12% do total) diminuindo 10 operações, em comparação com o ano anterior.

Em 2019, os investidores estratégicos, que representam 55% do total, lideraram as operações de fusões e aquisição concentradas principalmente no mundo dos "hotéis" e "outras indústrias".

Perspetiva dos investidores: interesse no setor de moda e luxo permanece alto

A partir dos resultados recolhidos, a Deloitte detetou que 70% dos fundos de investimento estão a considerar investir num ativo de moda & luxo em 2020, com o interesse a aumentar em setores como o vestuário & acessórios (+28 pts), cosméticos & perfumes (+15 pts) e luxo digital (+53 pts), que teve o crescimento mais expressivo.

Os investidores esperam que Ásia e Médio Oriente tenham uma recuperação mais rápida após o impacto negativo da Covid-19, com um crescimento da indústria de moda & luxo. Por outro lado, espera-se que a Europa e América Latina tenham uma queda nos próximos anos.

A pandemia da Covid-19 também aumentará a adoção de tecnologias disruptivas. Disrupções digitais como o big data & analytics, a inteligência artificial ou Internet das Coisas (IoT), permitem às empresas acompanhar o ritmo dos seus clientes virtuais. Posto isto, as empresas de luxo estão à procura de empresas/startups digitais para explorar sinergias.

A penetração digital levará a alterações no modelo de negócio e na forma como as lojas lidam com os seus clientes. A loja clássica mudará inevitavelmente de ponto de vendas para se transformar num ponto de contacto. De acordo com os entrevistados, em 2020, 57% provavelmente investirão em tecnologias disruptivas para beneficiar de possíveis sinergias.

Para Duarte Galhardas, partner da Deloitte, "mesmo durante este ano difícil e inesperado, a indústria do luxo continua a ser uma boa aposta para os investidores. Prevê-se uma retoma do mercado e um crescimento contínuo até 2025”.

Consulte o estudo Global Fashion & Luxury Private Equity and Investors Survey 2020 aqui.

Para mais informações contacte:

Olga Neves

Media Relations & External Communications
Tel: (+351) 210 423 000
Tlm: (+351) 918 985 824
oneves@deloitte.pt


João Póvoas

Media Relations & External Communications
Tel: (+351) 210 423 000
Tlm: (+351) 919 290 571
jpovoas@deloitte.pt

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