Investimento imobiliário reforçado em 2019, revela estudo

• Players do setor imobiliário vão continuar a investir, apostando em ativos Value added
• Volume e preços de transação e taxas de rentabilidade mantêm-se estáveis
• Hotelaria, escritórios e retalho serão os setores preferenciais de investimento
• Banca será a principal fonte de financiamento e a origem do capital será, maioritariamente, europeia
   

LISBOA, 30 de abril de 2019 — Em 2019, o investimento vai continuar a ser uma prioridade para o imobiliário em Portugal, de acordo com 77% dos agentes do setor, revela o estudo “Portuguese Real Estate Investment Survey” da Deloitte. Grande parte dos players (38%) prevê aumentar o seu portfólio em mais de 10% e aponta os ativos Value added (31%) como a opção preferencial de investimento, seguida dos ativos Core (23%) e Opportunistic deals (23%).

“Os agentes do setor terminaram o ano passado com um sentimento de grande confiança e estão com elevadas expectativas em relação a este ano. Continuamos a ter motivos para acreditar que este bom momento se vai manter e que Portugal vai continuar a ser atrativo tanto para investidores nacionais como estrangeiros”, destaca Jorge Marrão, Partner e Real Estate Leader da Deloitte Portugal.

Segundo o estudo, é esperado um aumento do volume e dos preços de transação no setor industrial e uma maior estabilidade nos setores residencial, comércio/serviços e hotelaria. Espera-se ainda uma maior estabilidade das taxas de rentabilidade nos quatro setores em análise, podendo assistir-se a uma ligeira diminuição nos setores residencial e industrial.

Quando questionados sobre as variáveis que terão maior impacte no setor, os players apontam o investimento estrangeiro (70%) e a entrada de novos players (54%) como as que terão maior impacte positivo e a burocracia (54%) e a política fiscal (85%) como as que terão maior impacte negativo.

“O contexto gerado pela crise económica revelou-se muito favorável ao investimento imobiliário em Portugal, o que leva os agentes do setor a acreditar que a aposta neste setor será reforçada este ano”, afirma Jorge Marrão, Partner e Real Estate Leader da Deloitte Portugal.
 

Estratégia de investimento

Em 2019, os ativos Value Added (31%) vão ser alvo de maior investimento por parte dos agentes do setor imobiliário e a hotelaria (62%), os escritórios (54%) e o retalho (31%) destacam-se como setores preferenciais de investimento.

A banca (62%) é apontada como principal fonte de financiamento para aquisições de imobiliário e a origem do capital é, sobretudo, europeia (85%) e norte americana (62%). Na opinião dos inquiridos existirá facilidade na captação de fundos para o investimento (38%) e o processo de aquisição de ativos imobiliários durará entre três a seis meses (100%).
 

Estratégia de desinvestimento

Os ativos Core (31%) e Opportunistic deals (31%) vão ser alvo de maior desinvestimento por parte dos players do setor imobiliário e os escritórios (38%), ativos industriais (31%) e residenciais (23%) são apontados como os ativos preferenciais de desinvestimento.

Os fundos de pensões (62%) e os fundos de fundos (46%) surgem como principais compradores de imobiliário e a Europa (92%), a América do Norte (46%) e a Ásia (46%) destacam-se como sendo a origem dos principais investidores. Segundo os agentes do setor, a captação de fundos para investimento não trará dificuldade acrescida (46%) e o processo de aquisição de ativos imobiliários vai durar entre três a seis meses (92%).

Consulte o Portuguese Real Estate Investment Survey aqui.