Comunicados de Imprensa

Mercado europeu de futebol atinge recorde de 28 mil milhões de euros em receitas

Annual Review of Football Finance 2019

  • Mercado europeu de futebol gerou 28,4 mil milhões de euros em receitas na temporada 2017/18
  • As cinco principais ligas geraram uma receita recorde de 15,6 mil milhões de euros, um aumento de 6% face ao ano anterior
  • Bundesliga continua a ser a liga europeia com maior assistência no estádio, com uma média superior a 43.000 espetadores
  • As receitas da Premier League cresceram para os 5,4 mil milhões de euros, impulsionadas pelo aumento das distribuições da UEFA aos clubes ingleses, com cinco equipas na Liga dos Campeões, pela primeira vez, em 2017/18
  • Em receitas, a Premier League é 72% maior do que a sua concorrente mais próxima, a alemã Bundesliga – que agora é a segunda maior liga da Europa, superando a espanhola La Liga
     

LISBOA, 30 de maio de 2019 — O mercado europeu de futebol atingiu o valor recorde de 28 mil milhões de euros em receitas, na época 2017/18, o que representa um aumento de 11% face ao ano anterior, revela a 28ª edição do “Annual Review of Football Finance” da Deloitte. Este crescimento foi sobretudo impulsionado pelas cinco principais ligas europeias, que registaram um aumento de 6% nas suas receitas combinadas, e pelo Campeonato do Mundo, disputado na Rússia.

Apesar deste crescimento, os lucros operacionais coletivos das cinco principais ligas europeias diminuíram, em 2017/18, uma vez que os seus gastos com salários acompanharam o aumento da receita gerado pelos acordos de transmissão doméstica em Inglaterra e Espanha, na época anterior. A Bundesliga e a Serie A aumentaram os seus lucros operacionais em 9% e 8%, respetivamente.

Dan Jones, sócio da Deloitte na área de Sports Business refere que “excluindo o impacto cíclico das finais de competições da UEFA e da FIFA, temos assistido ao crescimento das receitas do mercado europeu de futebol, ao longo dos 18 anos em que calculámos a sua dimensão. O futebol ao vivo continua a ser um dos ativos de entretenimento mais procurado, tanto pelos espetadores como pelos emissores, e é um dos temas mais comentados nas redes sociais, por isso, acreditamos que este crescimento vai continuar.”

“Embora a Premier League continue a assumir a liderança, as ligas espanhola e alemã mantêm-se muito atentas para continuar na competição. A liga alemã ultrapassou a espanhola graça ao seu novo acordo de transmissão de quatro anos, fixando-se em segundo lugar, algo que esperamos se mantenha na próxima edição. Não obstante, a La Liga pode superá-la novamente em 2019/20.”

Os clubes da Premier League continuam muito destacados da concorrência, tendo gerado uma receita combinada de 5,4 mil milhões de euros em 2017/18, um valor acima dos 5,3 mil milhões de euros atingidos em 2016/17. Em termos de receita, o escalão máximo do futebol inglês é 72% maior do que a Bundesliga; no entanto, a sua relação entre salários e receita piorou na temporada 2017/18 para 59%, face ao aumento de 15% com despesas salariais.

A entrada em vigor do novo acordo de transmissão da alemã Bundesliga contribuiu para o aumento de cerca de 290 milhões de euros em receitas de transmissão e para ultrapassar a La Liga, passando a ser a segunda maior liga do mundo, em termos de receitas.

As receitas dos clubes que participam na La Liga ultrapassaram pela primeira vez a barreira dos 3 mil milhões de euros, após um crescimento de 7%. Este aumento foi impulsionado pelo terceiro triunfo consecutivo do Real Madrid na Liga dos Campeões da UEFA, em 2017/18, e pelo crescimento comercial do Barcelona, que fez um novo contrato de patrocínio das camisolas com a Rakuten, durante quatro anos. As duas potências do futebol espanhol conquistaram os primeiros lugares no “Football Money League 2019” da Deloitte.

A Série A italiana continuou com dificuldades em acompanhar o crescimento de receitas atingido pela Inglaterra, Alemanha e Espanha. Embora as receitas tenham aumentado 8% (para 2,2 mil milhões de euros), não foi suficiente para reduzir esta diferença, cada vez maior. O aumento dos custos salariais nesta liga foi mais baixo do que nas outras principais ligas europeias, resultando na menor relação entre a massa salarial e a receita (66%) desde a temporada de 2005/06. Apesar deste facto, a contratação de Cristiano Ronaldo por parte da Juventus e a realização de outras transferências durante o verão de 2018 provavelmente resultará em aumentos salariais na temporada de 2018/19.

Quanto à liga francesa de maior prestígio, Ligue 1, continuou a gerar a menor receita das cinco principais ligas europeias (1,7 mil milhões de euros), com a redução das receitas de transmissão e dos patrocínios a ser compensada pelo aumento das receitas em dia de jogo e de outros serviços comerciais. A liga de topo francesa deverá ter de esperar até 2020/21 para obter o próximo aumento significativo dos direitos de transmissão, numa altura em que está previsto que os valores dos direitos domésticos aumentem mais de 55% para cerca de 1,2 mil milhões de euros por temporada – um número superior ao atual valor dos direitos domésticos da Série A (mil milhões de euros) e em linha com as taxas de direitos domésticos atualmente recebidas pela La Liga.

Para além das principais ligas

Depois das cinco principais ligas de futebol europeias, surge a Premier League da Rússa (com 813 milhões de euros), agora à frente da Süper Lig da Turquia (com 731 milhões de euros), ocupando assim a sexta posição no mercado europeu, impulsionada por um novo acordo de direitos de transmissão e por um aumento das receitas por jornada resultante de melhorias em estádios (e das suas condições) para o Campeonato do Mundo de 2018.

Sam Boor, Diretor da Deloitte na área de Sports Business, acrescenta que “o Campeonato do Mundo da FIFA, organizado em 2018 na Rússia, trouxe receitas diretas e indiretas para o mercado de futebol europeu. Isto resultou num crescimento do impacto da FIFA, da UEFA e das Associações Nacionais no mercado europeu de 75%, passando de 2,4 mil milhões de euros em 2016/17 para 4,2 mil milhões de euros em 2017/18.”

Prevê-se assim que o impacto de um novo acordo de transmissão doméstica na turca Süper Lig lhe permita recuperar a sexta posição na edição de 2020 do Annual Review of Football Finance.

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