Aumento do volume e dos preços de venda torna-se evidente em 2017 no setor imobiliário

O mercado imobiliário atravessa um momento de elevado dinamismo e é um dos que mais tem contribuído para o investimento no nosso país. Em 2017, o aumento do volume e dos preços de venda nos setores residencial, comércio/ serviços e hoteleiro tornou-se mais evidente para os players do mercado.

LISBOA, 21 de março de 2018 — O ano de 2017 ficou marcado pelo aumento tanto do volume como dos preços de venda dos imóveis, sobretudo nos setores residencial, comércio/ serviços e hoteleiro, aliado a uma maior estabilização das taxas de rentabilidade, revela a edição Outlook 2017 do “Portuguese Real Estate Investment Survey”, da Deloitte.

Em relação às opções estratégicas, os players do mercado optaram, maioritariamente, por adquirir ativos ou manter o seu portfólio. Ao longo do ano, a estratégia de investimento foi a que mais se destacou pelo seu crescimento, passando de 29% no 1º trimestre para 36% no 4º trimestre. A estratégia de gestão de portfólio, embora muito representativa, apresentou uma ligeira tendência decrescente, igualando no 4º trimestre a de investimento. Naturalmente, a estratégia de desinvestimento acabou por ter uma quebra, passando de 33% no 1º trimestre para 28% no 4º trimestre.

“O crescimento do setor imobiliário em Portugal é bastante visível. O aumento da oferta, do investimento estrangeiro e a entrada de novos players no mercado nacional, têm dado uma nova vida ao setor. O impacte que cada um destes fatores tem gerado no incremento dos preços das transações e na estabilidade das taxas de rendibilidade é notório”, destaca Jorge Marrão, Partner e Real Estate Leader da Deloitte.

Estratégia de investimento

Em 2017, os ativos “Value Added” demonstraram ser os que têm maior potencial para investimento, seguidos dos ativos “Core”, ainda que em tendência decrescente. Na opinião dos inquiridos, houve uma maior facilidade na captação de fundos e uma redução na duração dos processos de aquisição de ativos.

Segundo o estudo, em 2017, a Banca destacou-se como a principal fonte de financiamento para aquisições de imobiliário e a origem do capital foi maioritariamente europeia e norte-americana.

Estratégia de desinvestimento

Os ativos “Core” foram e serão alvo de maior desinvestimento por parte dos players do setor. Paralelamente, os inquiridos consideram que houve uma estabilização na captação de fundos e uma redução na duração dos processos de alienação dos ativos.

Ao longo ao ano, os Fundos de Fundos destacaram-se enquanto principal investidor imobiliário em Portugal e verificou-se um crescimento das Companhias de Seguros. A origem dos investidores foi maioritariamente europeia e asiática.

Evolução do mercado para 2018

No quarto trimestre de 2017, 90% dos inquiridos consideraram que as variáveis “oferta” e “investimento estrangeiro” irão gerar maior impacte positivo no setor imobiliário. É esperado um aumento do volume e dos preços de transação por todos os inquiridos no setor comércio/ serviços, seguindo-se o hoteleiro (90%) e residencial (80%). Adicionalmente, espera-se que as taxas de rentabilidade se mantenham nos quatro setores em análise, embora no caso do setor residencial, se possa assistir a uma estagnação ou ligeira redução das mesmas.

Aceda aqui ao estudo na íntegra.

Portuguese Real Estate Investment Survey
O “Portuguese Real Estate Investment Survey” é um estudo da Deloitte que avalia a perceção dos agentes do sector imobiliário português em relação à evolução do mercado e à sua estratégia, atual e futura. Participaram nesta edição os principais agentes do setor - sociedades gestoras de fundos imobiliários, fundos imobiliários, bancos, seguradoras, Private Equity, entre outras empresas. As respostas foram recolhidas durante o ano de 2017.

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