Artigo

Estudo de Natal 2017

Celebrar com confiança

A Deloitte celebra este ano o 20ª aniversário do seu Estudo de Natal, no qual analisados as expetativas, atitudes e comportamentos dos consumidores europeus imediatamente antes da quadra natalícia. Na edição deste ano contámos com a participação de 8.154 consumidores europeus, dos quais 762 residentes em Portugal.

O Estudo de Natal foi realizado em simultâneo em 10 países Europeus - Alemanha, Bélgica, Espanha, Grécia, Holanda, Itália, Polónia, Portugal, Rússia e Reino Unido – entre 6 e 17 de outubro deste ano. Entre as questões analisadas, destacamos:

  • Como avaliam os consumidores o estado atual e a evolução esperada da economia?
  • Como evoluiu o seu poder de compra face a anos anteriores?
  • Quanto esperam gastar nas festas de Natal e Ano Novo?
  • Como evoluiu essa despesa face ao seu orçamento e a anos anteriores? Que motivos os levam a gastar mais ou menos?
  • Que presentes contam oferecer e receber? Onde procuram ideias e sugestões? Onde e quando os planeiam comprar?
  • Com que intensidade e de que forma a sua jornada de compra é influenciada por canais digitais?

Depois de um ano de maior turbulência política e social, como foi o de 2016, observa-se em 2017 o regresso a um novo normal, com a generalidade dos países inquiridos a sentir-se mais confiante relativamente à evolução da economia e do seu poder de compra.

Mas Portugal é mesmo o grande destaque da edição deste ano.

Já sabíamos que os nossos principais indicadores económicos têm tido uma evolução favorável. A Comissão Europeia reviu recentemente em alta a projeção de crescimento da economia para 2,6% em 2017 e em baixa o défice orçamental (1,4%), a taxa de desemprego (11,2%) e o endividamento público (126,5% do PIB).

Mas o nosso estudo mostra, para lá destes indicadores, que os consumidores portugueses melhoraram significativamente a forma como olham para a sua situação económica e poder de compra. Somos o país mais otimista de todos os países incluídos no estudo e aquele onde se observou a maior evolução face no ano passado:

  • 39% dos inquiridos percebe a situação atual como positiva, comparado com 15% no ano passado;
  • Apenas 20% percebe a situação atual como negativa, comparado com 49% o ano passado;
  • O saldo entre respostas positivas e negativas relativamente à evolução do poder de compra aumentou de -23% para +2%.

Se a evolução das expetativas dos portugueses foi extremamente favorável, já o mesmo não se pode dizer relativamente às intenções de consumo.

Depois uma queda abrupta entre 2009 e 2014 no orçamento declarado para a quadra natalícia, de 620€ para 270€ por agregado familiar, vínhamos a observar nos dois anos seguintes uma recuperação neste indicador, o qual atingiu o ano passado os 359€. Este ano o mesmo indicador é de 338€, uma ligeira redução face ao ano anterior.

Nos restantes países europeus, a perceção geral dos consumidores inquiridos face à evolução do seu poder de compra tem-se mantido relativamente estável desde 2009, com um saldo entre respostas que tem variado entre os 20 e os 30 pontos negativos. Este ano a média europeia foi de -20%, o valor mais alto registado desde 2011.

Quando inquiridos, os portugueses identificam as promoções e o aumento do rendimento disponível como os fatores que mais incentivam à despesa durante as festividades. O facto de a situação económica estar mais segura também ganhou relevância face ao ano passado, passando de 18% para 38% de menções nos consumidores inquiridos.

Os presentes que os inquiridos consideram mais provável receber são dinheiro e chocolates. Em Portugal, no topo da lista encontram-se os chocolates e os livros. Apenas 6% dos inquiridos em Portugal afirma não pretender comprar presentes este ano, cerca de metade dos que afirmaram o mesmo o ano passado.

Quase 9 em cada 10 portugueses continua a preferir realizar as suas compras em lojas físicas, maioritariamente em centros comerciais. Mantemo-nos mais conservadores na utilização do comércio eletrónico do que a generalidade dos países europeus, embora seja cada vez menor o número de inquiridos que afirma nunca realizar compras online: apenas 11% este ano, comparado com 16% o ano passado.

Os motores de busca e as redes sociais continuam também a ganhar importância na jornada de compra, sendo os meios preferidos para procurar ideias, pesquisar produtos e comparar preços.

Esperamos que as conclusões desta edição de aniversário do nosso Estudo de Natal contribuam para um conhecimento mais aprofundado dos consumidores portugueses, dos seus hábitos e atitudes.

Desejamos a todos os nossos clientes, colaboradores e parceiros Votos de um Feliz Natal e de um Próspero Ano Novo.

Achou esta informação útil?