Comunicados de Imprensa
Apesar da incerteza, os CFOs em Portugal e na Europa continuam confiantes no crescimento a longo prazo
- O otimismo mantém-se inalterado e a incerteza permanece elevada entre os CFOs em Portugal e europeus, em geral.
- Contudo, estes executivos continuam confiantes que as empresas vão ultrapassar as incertezas e crescer.
- Em Portugal, o controle e redução de custos e a eficiência do capital empregue são as principais prioridades dos CFOs para o próximo ano.
- CFOs das empresas a nível nacional demonstram ser os mais preocupados com o impacto do Brexit no seu negócio, logo a seguir aos do Reino Unido.
Apesar da incerteza contínua e das preocupações em torno do clima económico e empresarial, os Chief Financial Officers (CFOs) em Portugal e na Europa permanecem otimistas relativamente ao potencial das suas empresas no próximo ano, de acordo com o último estudo European CFO Survey da Deloitte. A nível nacional, o controle de custos, a eficiência do capital empregue e a redução dos custos são as principais prioridades dos CFOs para o próximo ano, com os executivos a mostrarem-se todavia preocupados com as políticas públicas nacionais e as dificuldades no sistema financeiro.
“Apesar do contexto generalizado de incerteza na economia europeia, os CFOs estão confiantes na capacidade de resposta das suas empresas e num crescimento das suas receitas ao longo dos próximos 12 meses. O que evidencia a resiliência subjacente ao setor empresarial europeu, que enfrentou a crise financeira e anos de crescimento anémico. Este sentimento está também alinhado com o facto da economia europeia ter começado mostrar sinais de uma recuperação mais sustentada este ano. A previsão de crescimento do PIB europeu para este ano é de 1,6%, tratando-se, ainda que seja com um valor considerado baixo, do terceiro ano de crescimento consecutivo na Europa, e da primeira vez que isso acontece desde a crise financeira”, afirma Nelson Fontainhas, Partner da Deloitte.
A incerteza permanece elevada
Cerca de 67% dos CFOs da Europa declaram que as suas empresas enfrentam um nível elevado de incerteza financeira e económica, um ponto percentual abaixo do estudo do primeiro trimestre. A mesma perceção é partilhada por 68% CFOs em Portugal, apesar de este indicador se ter agravado em três pontos percentuais face ao período anterior. O Reino Unido e a Alemanha são os países onde os CFOs reportam uma incerteza mais elevada (88%). Pelo contrário, os CFOs finlandeses apresentam os níveis mais baixos de incerteza.
Apetência pelo risco limitada
Apenas 28% dos CFOs na Europa dizem ser este um bom momento para tomar mais risco nos seus balanços, contra 29% no primeiro trimestre. Em Portugal, estes executivos são perentórios em afirmar que este não é um bom momento para o fazer. Apesar de 50% dos CFOs na Rússia estarem dispostos a assumir riscos, o nível mais elevado de entre todos os países, nenhum país apresenta uma maioria de CFOs dispostos a assumir riscos. Os CFOs austríacos mostram o nível mais baixo de predisposição para o risco, com 11% dispostos a assumir riscos.
CFOs ainda otimistas relativamente ao crescimento das receitas
Quando inquiridos sobre as perspetivas financeiras das suas empresas em comparação com os últimos três/seis meses, 26% afirmam estar mais otimistas, contra 25% no primeiro trimestre. Apesar dos CFOs em Portugal continuarem mais otimistas do que a média europeia, o sentimento positivo regrediu dos 30% para os 29%. Apenas 16% dos CFOs do Reino Unido dizem estar mais otimistas, o nível mais baixo de entre todos os países, enquanto que o nível de otimismo mais elevado se registou uma vez mais nos CFOs suecos, com 44%.
No entanto, apesar da elevada incerteza e da baixa apetência pelo risco, 65% dos CFOs na Europa esperam ver as receitas das suas empresas crescer nos próximos 12 meses, contra 63% no primeiro trimestre. Também em Portugal, as perspetivas são positivas, com 55% a antever um crescimento das receitas. Apenas 46% dos CFOs do Reino Unido dizem esperar um crescimento nas receitas, o nível mais baixo de entre todos os países, enquanto que 83% dos CFOs polacos preveem um crescimento das receitas, o nível mais elevado.
Perspetivas de contratação e capex abrandam
Cerca de 32% dos CFOs na Europa declaram que o investimento poderá crescer nas suas empresas nos próximos 12 meses, contra um valor de 36% no primeiro trimestre. A nível nacional, a percentagem dos que esperam aumentar o capex situa-se nos 40%, acima da média da Europa. Os CFOs no Reino Unido são os menos predispostos a investir.
Assiste-se a um cenário semelhante relativamente à contratação, com 32% dos CFOs a afirmarem ter planos para aumentar o número de trabalhadores no próximo ano, contra 34% no primeiro trimestre. Os CFOs em Portugal mostram-se menos predispostos a aumentar o número de postos de trabalho, embora o valor mais baixo seja alcançado pelos CFOs do Reino Unido.
CFOs adotam posição defensiva
Os CFOs de cerca de 75% dos países que participaram no European CFO Survey este trimestre elegeram uma medida defensiva como a sua principal estratégia de negócio para o próximo ano, um valor acima dos 63% no primeiro trimestre. Em Portugal, o controle e redução de custos, assim como a eficiência do capital empregue, foram apontados como as principais prioridades, surgindo a preocupação com a introdução novos produtos e serviços, principal prioridade em termos crescimento, em 4º lugar na agenda dos CFOs. O controle de custos foi mencionado pelos CFOs como primeira prioridade em 11 países.
O Brexit e o risco político
Cerca de 37% dos CFOs disseram que as negociações de saída do Reino Unido da União Europeia terão um impacto negativo no seu negócio, 50% afirmaram que não terão impacto e 5% disseram que o impacto será positivo. O sentimento negativo é mais forte no Reino Unido, onde 65% acreditam que as negociações do Brexit serão prejudiciais para o negócio, mas é também fonte de preocupação entre os CFOs de Portugal (52%), da Holanda e da Irlanda (ambos 48%).
“Os CFOs em Portugal estão no conjunto daqueles que demonstraram uma maior preocupação com estes eventos, com 52% a afirmarem que o Brexit terá um impacto negativo nos seus negócios. Esta preocupação não pode ser dissociada do facto de o Reino Unido ser o 4.º mercado e termos de exportações portuguesas”
Os CFOs de 16 países (excluindo o Reino Unido) foram também interpelados sobre qual o aspeto de um potencial Brexit que mais afetaria as suas empresas, tendo os inquiridos em 14 países respondido que o maior impacto resultaria de uma complexidade acrescida e dos custos de regulação. Foram também referidas as restrições à mobilidade da mão-de-obra e o decréscimo das oportunidades de exportação resultante de barreiras não tarifárias.
De uma forma geral, em nove dos 16 países que responderam, a incerteza geopolítica e económica foi considerada o principal risco que as empresas enfrentarão no próximo ano, enquanto em quatro países a fraca procura interna foi mencionada como o maior risco.
“O Brexit não é a única preocupação da Europa. As incertezas políticas a vários níveis, da Espanha à Turquia, as próximas eleições em França, em Itália e na Alemanha e, neste momento, evidentemente, o resultado das eleições nos Estados Unidos, pesam nas mentes dos líderes das empresas,” conclui Nelson Fontainhas, da Deloitte.
European CFO Survey
O European CFO Survey reúne as conclusões dos inquéritos conduzidos pelas firmas-membro da Deloitte na Áustria, Bélgica, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Holanda, Noruega, Polónia, Portugal, Rússia, Espanha, Suécia, Suíça, Turquia e Reino Unido.
O estudo foi realizado entre agosto e outubro de 2016 e participaram 1.148 CFOs. As percentagens referidas no relatório foram ponderadas de acordo com o PIB, de forma a garantir comparações precisas. Foi considerado o PIB de cada país em relação ao PIB total dos 17 países participantes.
Explore ainda a infografia com as principais conclusões.
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