Comunicados de Imprensa

11ª edição do estudo Banca em Análise

Banca angolana resiliente e em processo de adaptação às exigências do sector

Em 2015, o volume de activos agregado das instituições financeiras angolanas incluídas na 11ª edição do estudo1 Banca em Análise da Deloitte, lançada hoje em Angola, fixou-se nos 7.512 mil milhões de Kwanzas (AKZ). O resultado líquido total dos bancos em análise registou um crescimento de cerca de 19% no mesmo período, para os 116.512 milhões de AKZ2, valor que incorpora a valorização dos activos e passivos em moeda estrangeira ao câmbio oficial. Na posição relativa entre os cinco maiores bancos do mercado angolano1, o BPC continua a liderar a lista com um activo total de 1.339 mil milhões de AKZ, seguido pelo BFA, BAI, BIC e BPA. Os cinco maiores bancos representam 69% do total do activo dos bancos em estudo e o seu activo registou um aumento de 12% face ao ano anterior.

“No contexto económico actual é de destacar que o sector financeiro angolano registou, em 2015, um crescimento dos activos e depósitos entre os bancos comerciais analisados, o que demonstra a resiliência das instituições bancárias do país. É também importante assinalar que, pela primeira vez, foram comercializados títulos de dívida soberana no mercado financeiro internacional. Esta emissão foi um passo importante para a diversificação das fontes de financiamento dos agentes económicos”, salienta Rui Santos Silva, Presidente da Deloitte em Angola.

José Barata, sócio e líder do sector de Serviços Financeiros da Deloitte em Angola, refere que “assistimos, em 2015, ao aumento do número de bancos comerciais em actividade e que esse é um sinal da resiliência do mercado. Paralelamente, em virtude do aumento das exigências regulamentares que incidem no sector bancário, perspectiva-se que os bancos angolanos tenham importantes desafios na melhoria dos níveis de controlo interno e na adopção das normas internacionais de contabilidade e relato financeiro (IFRS), que implicam a implementação de novos modelos de cálculo de perdas para imparidade de crédito e a consequente melhoria nos processos de acompanhamento e recuperação do risco de crédito.”

Adicionalmente, Jose Barata destaca ainda a relevância da assinatura do Acordo intergovernamental entre Angola e os Estados Unidos da América para a implementação do Foreign Account Tax Compliance Act (FATCA), “o que será mais um factor que contribuirá para a necessária melhoria dos processos de compliance e do combate ao branqueamento de capitais”.

Segundo Nuno Alpendre, responsável de Consultoria em Serviços Financeiros da Deloitte em Angola, “o crescimento continuado da utilização dos meios electrónicos de pagamento tem criado novas oportunidades e desafios no sector. Neste sentido, espera-se que os bancos continuem a desenvolver esforços para adaptar a oferta de produtos e serviços aos diversos segmentos, com propostas de valor distintas e enfoque na inovação. Para este efeito, a banca angolana deverá apostar na melhoria dos processos de negócio e na permanente actualização tecnológica, em linha com as tendências globais.”

De acordo com a 11ª edição do estudo Banca em Análise, em 2015, o peso dos depósitos em moeda nacional mantém a tendência de crescimento em detrimento da moeda estrangeira, passando a representar 69% dos depósitos totais, o que significa uma variação positiva de 4 pontos percentuais face ao ano anterior. O valor total dos depósitos de clientes foi de 6.094 mil milhões de AKZ nesse ano, representando um crescimento de 12% face a 2014, valor que incorpora o efeito da valorização dos depósitos em moeda estrangeira ao câmbio oficial.

O crédito líquido a clientes registou também um aumento em comparação com o ano anterior. Considerando os bancos analisados, o total de crédito líquido ascendeu a 2.736 mil milhões de AKZ1, o que representa um crescimento de 6% face a 2014, com o BPC, o BAI e o BIC a liderarem na concessão de crédito. Esta variação incorpora o efeito da valorização dos créditos concedidos em moeda estrangeira ao câmbio oficial. O estudo demonstra ainda que a constituição anual de provisões para o crédito dos bancos aumentou 107%. No que se refere ao rácio de crédito vencido, este manteve-se nos 13%. 

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Factos e números da 11ª edição do Banca em Análise:

  • Meios electrónicos de pagamento mantêm tendência crescente - O número de Cartões Multicaixa Vivos3 aumentou de 3.165.008, em 2014, para 3.420.826, em 2015, e os Cartões Válidos4 aumentaram para 4.736.245 comparativamente com os 4.687.951 em 2014.
  • Reforço da rede de terminais de pagamentos - O número de Caixas Automáticas (ATM) e Terminais de Pagamento Automático (TPA) registou um crescimento de 6% e 31%, respectivamente. O número de ATM aumentou de 2.627, em 2014, para 2.776, em 2015, e o número de TPA cresceu para 61.496 terminais em 2015 face aos 47.076 em 2014.
  • Número de transacções atinge novo recorde - Em 2015 registou-se um crescimento global de 25% no número de transacções face a 2014, tendo as transacções realizadas em ATM aumentado 20% (de 171,0 milhões em 2014 para 204,7 milhões em 2015) e as transacções efectuadas em TPA quase 45% (de 41,0 milhões em 2014 para 59,3 milhões em 2015).
  • Depósitos à ordem superiores aos depósitos a prazo – Analisando a composição dos depósitos por natureza para os bancos analisados, o valor dos depósitos à ordem representa cerca de 57% do total de depósitos.

1 Na data de encerramento do estudo, ainda não tinham publicado as suas demonstrações financeiras relativas ao exercício de 2015 o Banco Económico, S.A., o Banco BAI Micro Finanças S.A. e Banco Kwanza Invest S.A..

2 O resultado não considera as instituições financeiras com início de actividade em 2015.

3 Cartões vivos: cartões que apresentem pelo menos uma utilização.

4 Cartões válidos: cartões emitidos que estão dentro do prazo de validade.

Para aceder ao comunicado de imprensa em formato pdf, clique aqui.

 

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