Transforming Smart Buildings

Os edifícios inteligentes estão a revolucionar os escritórios ao abordar questões ambientais, sociais e de governança (Environmental, Social, Governance). Estas estruturas inovadoras oferecem maior eficiência energética, reduzem custos e têm um menor impacto no ambiente. Ao integrar energias renováveis e de automação, os edifícios inteligentes tornam-se plataformas para práticas sustentáveis e ajudam a atingir metas contra as alterações climáticas. Descubra como priorizam o bem-estar, aumentam a produtividade e lidam com a governança. Explore a implementação através do Framework dos Edifícios Inteligentes, que conduz a um futuro mais ecológico e centrado nas pessoas.

Edifícios Inteligentes e Desafios ESG

Os edifícios inteligentes são uma forte solução para enfrentar desafios ESG nos escritórios. Oferecem benefícios como eficiência energética, redução de custos e têm um menor impacto ambiental. Integrando tecnologias como energia renovável e automação, proporcionam uma plataforma para inovações mais verdes e ajudam a combater as alterações climáticas.

No âmbito social, os edifícios inteligentes priorizam o bem-estar dos utilizadores. Por exemplo, estudos feitos pelo Instituto Internacional WELL Building (IWBI) indicam que edifícios "verdes" podem levar a uma diminuição de 19% no absentismo, uma redução no número médio de dias de doença por funcionário em quatro dias por ano (equivalente a uma redução de 58%), uma redução de 27% na rotatividade de pessoal e poupanças médias de 24,5% nos custos de saúde. Para além disso, a integração de edifícios verdes com design biófilo melhora o bem-estar e produtividade.

Na governança, regulamentos estão a mudar globalmente, considerando fatores como qualidade ambiental e economia circular. Porém, há desafios na coordenação entre stakeholders.

Apesar dos esforços para fazer a transição para fontes de energia mais limpas, o uso de combustíveis fósseis continuou a crescer de forma constante a uma taxa média anual de crescimento de 0,7% desde 2010, resultando em combustíveis fósseis a chegar a 35% da procura por energia em 2021. Assim, alternativas mais sustentáveis são urgentes para enfrentar desafios ambientais.

Implementação de Edifícios Inteligentes (SBB Framework)

O Framework dos Smart Building Blocks (SBB) propõe uma abordagem revolucionária para a conceção de edifícios inteligentes, centrada na melhoria da experiência do utilizador. Ao invés de focar apenas na eficiência e redução de custos, o SBB coloca a ênfase na criação de espaços que promovem o bem-estar, produtividade e saúde dos utilizadores.

O SBB baseia-se na relação empírica de custos 1:5:200, onde cada €1 investido em tecnologias "smart" pode gerar retornos de até €200 milhões ao longo do ciclo de vida do edifício. O Framework é composto por três camadas: experiência do utilizador, desempenho do edifício e infraestrutura central. A camada de experiência do utilizador é central, enfatizando elementos como design centrado no utilizador, saúde e bem-estar, e flexibilidade do espaço para promover uma experiência positiva e produtiva.

Exemplos notáveis como o edifício The Hickman em Londres e o The Edge em Amesterdão destacam como os princípios do SBB podem ser implementados para criar ambientes de trabalho inteligentes, saudáveis e centrados nas pessoas.

Avançar para o Futuro

O processo de transição de edifícios convencionais para edifícios inteligentes orientados para o futuro é complexo e evolutivo. A mudança envolve uma jornada desde a fase "inicial digital", onde tecnologias básicas são incorporadas sem uma estratégia clara, até à fase "sendo digital", em que os edifícios se tornam centrados nas pessoas e aprendem a antecipar e adaptar-se às necessidades dos utilizadores.

O Framework dos Smart Building Blocks (SBB) fornece princípios valiosos para acelerar essa transição e criar edifícios preparados para os desafios do futuro. Algumas considerações importantes para proprietários e utilizadores incluem a definição de uma estratégia clara e centrada nas pessoas, educação sobre tecnologia, evitando dependências exclusivas de fornecedores, promovendo a partilha de dados e padrões abertos, estabelecendo indicadores-chave de desempenho (KPIs) e medição para avaliação contínua.

Ao adotar esses princípios, os edifícios podem priorizar o bem-estar dos utilizadores, otimizar a eficiência operacional e a sustentabilidade e evoluir de edifícios "convencionais" para edifícios "centrados nas pessoas e aprendizagem".

O SBB Framework destaca a importância da experiência do utilizador e oferece uma estratégia abrangente para criar ambientes de trabalho inteligentes e saudáveis.