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Taxas e escalões do IRS: cada país tem os seus

10-10-2017 | Dinheiro Vivo

Portugal tem um número de escalões de IRS semelhante ao de outros países mas no que diz respeito a taxas apenas a Suécia nos ultrapassa.

O Orçamento do Estado para 2018 deverá alargar os atuais cinco escalões de rendimento para seis ou sete. Esta mudança fará com que se afaste ligeiramente do figurino da maior parte dos países europeus, onde o número de escalões oscila entre um mínimo de 2 (Irlanda e Suécia) e um máximo de cinco. As diferenças acentuam-se mais quando a comparação incide sobre a taxa aplicada ao escalão de rendimentos mais elevado que por cá está balizada nos 80.640 mil euros de rendimento coletável (descontada a dedução específica ou o valor das contribuições para a segurança social).

Com as regras que ainda vigoram, a taxa de IRS aplicável aos agregados que contam com pelo menos aquele valor de rendimento anual é de 50,5% (incluindo a sobretaxa que está ainda em vigor até ao final de 2017). A esta acrescem 2,5% quando os rendimentos superam os 250 mil euros anuais. No levantamento realizado pela Deloitte, apenas na Suécia a taxa mais alta supera a portuguesa, e visa rendimentos de valor ainda mais baixo. Ou seja, para as famílias suecas com rendimentos acima dos 66.981 euros anuais, o IRS aplicável é de 57,12%.  

Em Itália a taxa está nos 47,23% mas começa a ser aplicada quando os rendimentos superam os 75 mil euros e em França, apenas os que recebem mais de 152260 euros por ano são chamados a pagar 45%. Na Alemanha a taxa é idêntica à portuguesa, mas o patamar de rendimentos visado está bastante longe: 256304 euros. No Brasil, os cinco escalões existentes contemplam uma taxa máxima de 27,5% quando a família conta com mais de 14887 euros por ano e em Angola, há 13 escalões e uma taxa de 17% a que soma mais 127 euros de imposto quando o rendimento mensal supera os 1132 euros.

 

Fonte: Dinheiro Vivo

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