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Executivos de finanças têm expectativas para crescimento de automação e recursos para alta produtividade nos próximos meses, revela pesquisa da Deloitte

  • CFO Survey 2022 mostra que esforços de crescimento, melhoria da eficiência, financiamento e liquidez e redução de custos são prioridades para os próximos 12 meses; 
  • 18% dos entrevistados consideram abrir capital como possibilidade de captação de recursos para os próximos dois anos;
  • Taxa de inflação (56%), incerteza dos cenários econômico (56%) e político (55%) do país e volatilidade da taxa cambial (49%) são as principais preocupações dos executivos pesquisados. 

Nos próximos 12 meses, executivos de finanças das organizações estarão mais focados em crescer e em melhorar a eficiência operacional. Além disso, há uma maior expectativa de aumento da automação e recursos para alta produtividade, porém há o desafio de obtenção de crédito para financiar as operações. Essas são algumas das principais conclusões da pesquisa CFO Survey 2022, realizada pela Deloitte, maior organização de serviços profissionais do mundo. De acordo com o estudo, as iniciativas prioritárias para os próximos 12 meses serão esforços de crescimento (para 75% dos entrevistados); melhorar a eficiência operacional (63%); financiamento e liquidez (42%) e esforços para uma redução de custos (40%)

Os executivos informaram quais ferramentas tecnológicas para transformação dos negócios são mais utilizadas e em que estágio estão. Computação em nuvem (cloud) é a que aparece em primeiro lugar, com 45% utilizando amplamente; a seguir vêm ferramentas de visualização também com 4531% e analytics avançado, com 4314%. A média dos investimentos e despesas com tecnologia sobre a receita líquida das empresas participantes da pesquisa é de 5%.

“A cada ano, a pesquisa da Deloitte traz uma visão de como será e como está a operação das empresas no Brasil. Nesta edição, podemos ver que as práticas ESG estão crescendo gradativamente. O investimento em tecnologia cloud e em ferramentas de visualização e automação se destacam como o principal recurso para alta produtividade e boa gestão nos negócios. Do ponto de vista de riscos, há uma certa preocupação com a inflação, instabilidade econômica e política”, destaca Fábio Carneiro, sócio-líder do CFO Program da Deloitte e do Deloitte Private Companies.

Programas mais utilizados para atividades operacionais, serviços e ferramentas

Cerca de um terço das empresas participantes ainda realizam as principais atividades operacionais em Excel, como elaboração de orçamento, simulação de cenários e Forecast (52%); gerenciamento de tesouraria (44%); dashboards e KPIs (40%); e consolidação e fechamento (33%). Outros sistemas desenvolvidos internamente e por empresas especializadas ocupam as posições seguintes. Mais da metade (54%) do empresariado não investe e utiliza um centro de serviços compartilhados para a execução dos serviços administrativos e operacionais. Sobre a frequência da realização de Forecast (‘orçamento ajustado’ ou ‘orçamento revisado’ em português), 38% dos entrevistados afirmam que é feita mensalmente; 39% realizam trimestralmente e 17% semestralmente.

Empresas que faturam mais têm eficiência maior nos fechamentos contábil estatutário e gerencial do que as demais empresas da amostra

As empresas participantes de grande porte levam mais tempo para elaborar o orçamento anual em relação às demais empresas da amostra, porém são mais eficientes nos fechamentos. Enquanto empresas com receita líquida acima de R$ 500 milhões levam, em média, sete dias para o fechamento contábil estatutário, as demais fazem em dez dias; as que faturam mais realizam o fechamento gerencial em seis dias; ante oito dias da amostra com faturamento menor que R$ 500 milhões. Já a elaboração do orçamento anual é feita em 42 dias pelas empresas cuja receita líquida é menor; as empresas com faturamento acima dos R$ 500 mi levam 51 dias.

ESG, diversidade e inclusão nas práticas das empresas

O estudo aponta que, apesar de ESG ser estratégico e confiado à liderança, ainda não está amplamente disseminado nas organizações. Nele é possível ver também, uma avaliação das organizações com relação ao conjunto de práticas preconizadas pelos conceitos de ESG, em que 68% têm como um componente substancial da estratégia, 65% comunicam suas práticas ESG com investidores e outros stakeholders e, por fim, 63% afirmaram que são componentes substanciais da estratégia de pessoas.

Apesar da falta de apenas 43% terem ações formalizadas de Diversidade e Inclusão a maioria das empresas participantes comunicam mais as práticas pela facilidade, custo menor e importância para a transformação da cultural. Sobre a abordagem da empresa com relação a tais práticas, 72% dos respondentes acreditam ser responsabilidade da liderança, 65% afirmam que são componentes substanciais da estratégia de pessoas e 63% disseram que deve ser comunicado à toda empresa.

Inflação e cenário econômico são preocupações dos executivos 

Indicadores macroeconômicos de julho e agosto de 2022 levaram o empresariado a ter uma perspectiva menos otimista, revela a pesquisa. Isso se deve a uma percepção de toda a conjuntura econômica e de negócios, considerando o cenário nacional e o internacional, apesar de o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro ter apresentado crescimento no ano. Cerca de metade dos respondentes (48%) acredita que a melhora no cenário econômico só acontecerá daqui a mais de um ano. 

Para 20% dos executivos, há expectativas de melhora em até seis meses, enquanto 28% acreditam que isso pode ocorrer em até um ano. Apenas 4% entendem que essa melhora pode acontecer em até três meses. 

A pesquisa aponta que 39% dos executivos acreditam que houve uma melhora nas condições econômicas e de negócios. O estudo, que contou com 110 empresas respondentes, realizado em julho e agosto de 2022, busca mapear a visão desses executivos em relação a tópicos como carreira, contexto econômico, tecnologia, perspectivas de negócios, entre outros.

Em 2022, as preocupações que mais representam riscos aos negócios e dividem a atenção dos executivos são: aumento da taxa de inflação (56%), incerteza do cenário econômico do país (56%), incerteza no cenário político (55%), volatilidade da taxa cambial (49%) e variação dos preços de commodities (41%), as respostas não demonstraram uma preocupação em um risco específico. Sobre a gestão de operação, 18% das empresas respondentes consideram abrir capital (realizar IPO, sigla em inglês Initial Public Offering) como uma possibilidade de captação de recursos para os próximos 24 meses, porém o número de respondentes que não consideram essa possibilidade chegou a mais da metade (54%), o que pode ser explicado pela conjuntura atual, com incertezas econômicas, políticas, juros altos e guerra da Ucrânia. Sobre o comparativo por porte, das nove empresas que se consideram preparadas para fazer IPO nos próximos 24 meses, cinco possuem um faturamento abaixo de R$ 500 milhões.

Metodologia do estudo

A Deloitte conduziu, por meio de seu programa de relacionamento e eminência com líderes de finanças CFO Program, mais uma edição de sua pesquisa CFO Survey. O levantamento, realizado em julho e agosto de 2022, mapeou a visão dos executivos em relação a perspectivas de negócios, tecnologia e contexto econômico, entre outros temas. A amostra da edição de 2022 da CFO Survey reuniu 110 respondentes que representam empresas das cinco regiões brasileiras, sendo a maioria da região sudeste; metade está nos setores de serviços e manufatura. Entre os respondentes, 86% são executivos que ocupam cargo de CFO; 69% são diretores; 11% são presidentes ou vice-presidentes, enquanto 4% são sócios ou conselheiros. 

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