Fusões e aquisições da indústria química global

Com taxas de juros crescentes, tensões globais em ascensão e um crescimento econômico limitado, o volume de fusões e aquisições (M&A) em 2019 deve ser menor que os anos anteriores. Porém, a atividade de M&A na indústria química global continuou a se desenvolver mesmo em tempos de incerteza, e ainda pode representar uma iniciativa robusta de crescimento. O relatório global da Deloitte “Fusões e aquisições da indústria química global 2019” examina quais os setores químicos devem conduzir os principais negócios e como as organizações podem se preparar para identificar e aproveitar essas oportunidades.

Destaques regionais

Em 2018, as atividades de fusões e aquisições permaneceram sólidas em todas as regiões com algumas quedas em mercados específicos, incluindo EUA, China, Reino Unido e Alemanha. Essas reduções foram parcialmente compensadas ​​por aumentos no Brasil, Holanda, Índia e Japão.

No Brasil, houve uma primeira rodada de negociações para reduzir as tarifas de importação para 2% no Mercosul em 64 insumos químicos usados ​​pela indústria manufatureira. Essa decisão aumentará a competitividade e reduzirá os custos para as empresas.

Já a Holanda teve um recorde de atividades de fusões e aquisições no ano passado, avaliadas em US$ 14,7 bilhões – o maior em dez anos. O clima de incerteza em torno do Brexit do Reino Unido está afetando as projeções de investimento na Europa, o que pode, por sua vez, impactar a confiança do consumidor.

Enquanto isso, espera-se que o mercado da Índia tenha um crescimento de M&A liderado pelos setores de químicos básicos, agroquímicos e químicos de construção. E, embora alguns fabricantes tenham sofrido queda na receita, o setor químico japonês teve um bom desempenho em 2018 e o apetite de fusões e aquisições deve permanecer elevado em 2019.