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Regulando o futuro da mobilidade 

O desafio de encontrar o equilíbrio certo para não frear a inovação

Novo ecossistema de mobilidade pode permitir que pessoas e bens se movimentem de forma mais rápida, econômica, sustentável e segura do que hoje, beneficiando indivíduos, governos, empresas e a sociedade em geral.

Regular o futuro da mobilidade é um desafio complexo, que envolve um timing incerto e uma série de questões que vão muito além da capacidade de um veículo em navegar com segurança pelas cidades.

Diante desse contexto, o estudo global da Deloitte “Regulando o futuro da mobilidade” indica cinco grandes diretrizes que podem orientar uma regulamentação mais efetiva de tecnologias emergentes aplicadas às inovações neste campo: 

  • Regulação adaptativa: Passar de “regular e esquecer” para uma abordagem responsiva e interativa.
  • Regulação de sandbox: Testar novas abordagens por meio da criação de projetos protótipos e aceleradores.
  • Regulação com base em resultados: Privilegiar resultados e desempenho, ao invés da forma.
  • Regulamento ponderado por risco: Passar de uma regulação generalizada para uma abordagem segmentada e orientada por dados.
  • Regulação colaborativa: Alinhar regulamentações nacionais e internacionais, envolvendo um conjunto mais amplo de atores em todo o ecossistema.

Principais desafios de mobilidade

O estudo aborda ainda questões regulatórias para três temas críticos sobre mobilidade: segurança e funcionalidade de veículos autônomos; segurança e privacidade de dados; e gerenciamento da mobilidade para o bem público.

  • Veículos autônomos: A regulação adaptativa deve formar a base de qualquer protocolo de segurança de veículos autônomos, devido ao número de variáveis ​​existentes em situações reais de condução.
  • Segurança de dados e privacidade: Tal como acontece com as novas tecnologias e os serviços de mobilidade em geral, a maioria dos reguladores está compreensivelmente relutante em emitir regras definitivas em um campo em que natureza das ameaças ainda é muito incipiente. Isso torna a adoção de regras adaptáveis, com base em resultados e ponderadas pelo risco especialmente importante.
  • Gestão da mobilidade pública: O uso de protótipos é uma ferramenta fundamental, especialmente nas grandes cidades, onde os sistemas de transporte público costumam ser complexos. Quaisquer mudanças – como a introdução de uma nova frota de carros autônomos compartilhados, ou o ajuste da sinalização do metrô – podem criar efeitos imprevistos.
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