Comunicados de Imprensa

Portugueses esperam gastar 314€ nas compras de Natal, 63€ abaixo da média europeia

Estudo de Natal 2018

  • Redução no valor do orçamento para a quadra natalícia, de 338€ para 314€, apesar de parecer existir uma estabilização do poder de compra
  • Portugueses preferem promoções para compras de Natal e de Ano Novo, reservando parte significativa do orçamento para eventos como a Black Frida
  • Compras serão feitas mais cedo este ano, entre o mês de novembro e a 1ª quinzena de dezembro

 

LISBOA, 14 de novembro de 2018 — Os portugueses esperam gastar em média 314€ por agregado familiar nesta quadra natalícia, menos 7,1% do que os gastos estimados em 2017, aponta o Estudo de Natal da Deloitte, que avalia a perceção dos consumidores e os hábitos de consumo em Portugal e na Europa. Os principais fatores identificados que incentivam o consumo durante as festividades são as promoções, destacando-se Portugal como um dos países que mais planeia a compra em eventos especiais, como a Black Friday.

“Portugal encontra-se 63€ abaixo da média europeia para 2018, sendo dos países que mais diminui o seu valor estimado de gastos para este ano. Reino Unido e Espanha continuam a ser os países onde os gastos são mais elevados e, por oposição, Holanda, Rússia e Polónia os países em que as populações despendem menos nesta época festiva” destaca Pedro Miguel Silva, Associate Partner da indústria de Consumer da Deloitte.

Analisando o valor que as famílias estimam gastar nesta altura do ano nos últimos 10 anos, verifica-se um decréscimo de quase 50% dos 610€ em 2008 para os atuais 314€ em 2018. O valor estimado para este ano é, efetivamente, o segundo mais baixo da pesquisa, apenas ultrapassado em 2014, quando os consumidores portugueses estimaram gastar 270€.

A maioria dos inquiridos em Portugal afirma ter gasto mais do que previa na época natalícia de 2017. Ainda assim, apesar de 38% dos consumidores portugueses ter gasto mais durante as festas de Natal e Ano Novo do ano passado face ao que tinha orçamentado, o valor declarado de gastos por agregado familiar nesse ano foi 30€, mais reduzido do que o estimado.

Portugal encontra-se em linha com a Europa no que diz respeito à divisão do consumo por categorias. Os portugueses inquiridos revelaram uma repartição igualitária dos gastos pelas áreas de maior consumo para a época natalícia de 2018, face ao consumo declarado no ano de 2017, continuando os presentes (51%) a liderar as despesas do orçamento familiar, seguido da alimentação e bebidas (36%).

Compras de Natal agendadas para datas especiais e promoções

Os principais fatores identificados que incentivam à despesa durante as festividades são as promoções e o facto de os europeus em geral se quererem divertir sem pensar na insegurança da situação económica. Observa-se, ainda, que Portugal representa um dos países da Europa que mais afirma gastar do seu orçamento de Natal e Ano Novo em eventos especiais, como a Black Friday – metade dos portugueses inquiridos afirma espera gastar cerca de 1/3 do seu orçamento.

Quando questionados sobre quando tencionam comprar presentes, mais de 50% dos inquiridos, tanto em Portugal como no resto da Europa, refere o período entre o mês de novembro e a 1ª quinzena de dezembro. Apenas 7% dos inquiridos em Portugal e 8% em toda a Europa afirmam não pretender comprar presentes este ano.

Influência do poder de compra no consumo

Em 2018, os portugueses sentem-se menos confiantes relativamente ao estado atual da economia, apesar de continuarem mais otimistas que a média europeia (32% comparativamente a 23% de respostas positivas). Globalmente, 43% dos europeus avaliam o estado da economia como sendo neutro, valor em linha com 2017, e 30% analisa a situação económica como sendo negativa.

Para 2019, os portugueses são também mais otimistas do que a média europeia, sendo que 37% da população portuguesa inquirida afirma esperar que a economia evolua positivamente.

A perceção geral dos países inquiridos face à evolução do seu poder de compra tem-se mantido relativamente estável desde 2009, com um saldo entre respostas que tem variado entre os 20 e 30 pontos negativos. Este ano a média europeia foi de menos 17%, ligeiramente acima do valor de 2017, tendo Portugal diminuído o seu saldo positivo de mais 2% para um saldo negativo de menos 10%. Contudo, a maioria da população afirma ter, em 2018, o mesmo poder de compra, dando os portugueses mais destaque à influência ao Orçamento de Estado nos seus comportamentos de consumo, face ao que revelavam dar em 2017.

À semelhança dos resultados obtidos em 2017, são aqueles que auferem rendimentos mais elevados os mais otimistas em relação ao estado da economia, prevalecendo o estado considerado como “neutro” para os restantes escalões remuneratórios. No entanto, a classe média encontra-se mais pessimista comparativamente ao ano homólogo, subindo mais de 10 pontos percentuais a avaliação negativa ao estado da economia e descendo 8% a avaliação positiva.

 

Nota técnica

O Estudo de Natal 2019 contou com uma participação superior de inquiridos: 9.169 consumidores europeus (face aos 8.154 inquiridos em 2017), dos quais 780 residentes em Portugal, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos. Foi realizado em simultâneo em 10 países europeus – Áustria, Bélgica, Alemanha, Itália, Holanda, Polónia, Portugal, Rússia, Espanha, Reino Unido, durante o mês de outubro deste ano.

Para mais informações contacte:

Comunications & Media Relations

Maria Filipa Matos
mamatos@deloitte.pt
Tel: 210 423 038

Olga Neves
oneves@deloitte.pt
Tel: 918 985 824

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