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Empresas estão cada vez mais preocupadas em oferecer comunicação consistente a seus investidores, aponta estudo da Deloitte com o IBRI; indicadores não financeiros e agenda ESG têm ganhado relevância

  • Indicadores não financeiros, como emissão de gases de efeito estufa e representatividade de minorias, ganharam relevância e tendem a se tornar tão importantes quanto os indicadores financeiros; 74% das empresas esperam aumentar o orçamento de ESG (sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa) para 2022;
  • Migração da comunicação com os investidores para o ambiente virtual reforçou a importância dos indicadores de comunicação digital, como participantes em webconferências, acessos ao site e atendimentos por e-mail;
  • A maior complexidade dos temas que envolvem a pauta de ESG mostra que os profissionais da área de RI (Relações com Investidores) devem fortalecer a multidisciplinariedade para lidar com os novos desafios;
  • Os investidores pessoa física demandam uma comunicação mais ágil, principalmente através das mídias digitais, e levam as empresas a focar em canais diversificados e linguagem diferenciada.

As organizações estão cada dia mais preocupadas em oferecer a seus investidores uma comunicação mais consistente e interativa e em fortalecer o uso de indicadores não financeiros que reforcem a pauta de ESG, como emissão de gases de efeito estufa e representatividade de minorias. Essa é uma das principais conclusões da pesquisa “Os novos desafios de comunicação para o RI - Responsabilidade ambiental, social e governança nas Relações com Investidores, elaborada pela Deloitte, maior organização de serviços profissionais do mundo, junto com o IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores). O estudo, realizado com 65 empresas, das quais 68% são listadas em bolsa de valores, no Brasil ou no exterior, revela, ainda, que a migração da comunicação com os investidores para o ambiente virtual reforçou a importância dos indicadores em comunicação digital; já a maior complexidade dos temas ligados à pauta ESG requer que profissionais de RI fortaleçam multidisciplinaridade para lidar com novos desafios.

“As mudanças que ocorreram nos últimos anos, principalmente após o começo da pandemia, acentuaram a crescente oferta de conteúdos e informações sobre os investimentos das empresas e a facilidade de esses dados se tornarem públicos devido à internet. Com isso, a preocupação das empresas se voltou para como oferecer uma boa comunicação para seus investidores e a importância de focar em pautas de ESG e criar uma transparência nas relações. Este está sendo o novo foco”, destaca Reinaldo Oliari, sócio de Audit & Assurance da Deloitte.  

“A área de Relações com Investidores está passando por profundas transformações. Os profissionais precisam ter uma formação multidisciplinar. Além disso, há um aumento do uso de novas tecnologias para ampliar a interatividade e prestação de contas. Existe, também, uma demanda crescente por informações referentes aos fatores ASG (Ambiental, Social e Governança)”, declara Rodrigo Luz, Membro do Conselho de Administração do IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores).

A necessidade de mudança para formas de comunicações mais eficazes

Os desafios da comunicação fizeram com que as organizações colocassem em prática novas ações para responder ao grande volume de conteúdos e informações que circulam na internet e podem impactar o valor da empresa. O estudo mostra que 75% das empresas respondentes estão focando na consistência das mensagens-chave; 63% na divulgação de indicadores não financeiros e 62% na criação de canais mais interativos e próximos aos investidores. Além disso, para criar um relacionamento mais direto e coeso com seus públicos de interesse, 84% das empresas estão apostando em uma comunicação mais ativa do CEO.

Indicadores não financeiros e agenda ESG ganham relevância

O estudo aponta que 86% das empresas participantes acreditam que criar indicadores não financeiros ajudam na transparência com o público, enquanto 65% acreditam que isso eleva a confiabilidade e 49% consideram que a adoção desses indicadores faz com que as empresas ganhem no que diz respeito ao cumprimento do compromisso com os investidores. A pesquisa também traz revelações sobre o que as organizações acreditam que o mercado, de forma geral, ganha com esses processos: 72% acreditam na melhor percepção dos valores de ESG, 68% na consistência das práticas de ESG e na disseminação das melhores práticas de governança, e 59% consideram que há o aumento da confiança de investidores estrangeiros no mercado local.

Apesar da crescente importância atribuída aos indicadores ambientais, sociais e de governança corporativa, as empresas listadas ainda enfrentam desafios na implementação de métricas que demandem uma maior estruturação de práticas e políticas de ESG, tais como representatividade de grupos minoritários e gestão da cadeia de suprimentos. O estudo revela que 74% das empresas esperam aumentar o orçamento de ESG para 2022 e o modo de comunicar isso também virou um ponto de preocupação. Entre as empresas listadas, 75% já têm sua estratégia alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e 73% divulgam relatórios de sustentabilidade ou documentos equivalentes, enquanto 69% adotam uma matriz de materialidade para questões ambientais e sociais. Sobre os indicadores que já estão sendo usados pelas empresas, a pesquisa mostra que 72% são indicadores ambientais, 65% sociais e 74% de governança.

Formas de comunicação mais eficazes com investidores pessoa física

Com os investidores pessoa física cada vez mais presentes nas estratégias de comunicação das empresas, a demanda por uma comunicação mais ágil, com novos formatos, linguagem e canais para o público aumentou. 83% das empresas listadas participantes disseram que lives e conferências são uma das formas mais eficazes de comunicação; na sequência vêm websites de RI (59%), e-mail (50%) e Youtube (44%). Como os meios de comunicação se diversificaram, Investor Days, releases para imprensa, LinkedIn, ações com influenciadores digitais, Instagram, Twitter e podcasts também estão sendo adotados como ferramentas de comunicação. Para uma aproximação maior com esses investidores, os respondentes identificaram os recursos de comunicação mais utilizados pelos influenciadores digitais: informalidade (59%), interação (59%), experiencia pessoal (57%) e storytelling (56%).

O papel estratégico do RI

O papel estratégico do RI e a complexidade do ambiente de negócios com as novas demandas advindas da consolidação da agenda ESG e do crescimento dos investidores pessoa física coloca às empresas a necessidade e o desafio de uma formação multidisciplinar para esses profissionais. A pesquisa revela que 58% das empresas acreditam que a participação da liderança de RI nas decisões estratégicas da empresa aumentou em 2021, em comparação a 2020; 72% acreditam que a multidisciplinaridade está entre os principais desafios para a formação de RIs.

Atualmente, as principais habilidades que são priorizadas pelas empresas para o profissional de RI são: agilidade, bom relacionamento interpessoal e pensamento crítico e analítico. Esses atributos não deixarão de ser importantes, mas outras habilidades voltadas para tecnologia e comunicação irão emergir nos próximos cinco anos e serão demandadas do profissional de RI.

Metodologia e amostra

A pesquisa “Os novos desafios de comunicação para o RI” foi elaborada com base em questionário on-line, entre julho e agosto de 2021. Participaram do estudo 65 empresas, entre as quais 68% estão listadas em bolsa de valores, no Brasil ou no exterior. Entre os respondentes, 77% ocupam cargos executivos em suas respectivas organizações. 29% das empresas participantes têm receita líquida superior a R$ 7,5 bilhões. Participaram do levantamento empresas dos setores de infraestrutura e construção (30% da amostra), serviços (22%), atividades financeiras (20%), bens de consumo (17%), agronegócio, alimentos e bebidas (8%), TI e Telecom (1%), veículos e autopeças (1%) e comércio (1%).

Acesse a pesquisa na íntegra: https://deloi.tt/3ugHc3g

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