Artigo

Retail Trends 2022

Para além do Retalho

O ano de 2022 vai ser muito interessante para os retalhistas. Os últimos dois anos foram muito desafiantes e o setor prepara-se para enfrentar uma nova era num cenário pós-pandémico.

O futuro do setor do retalho será certamente emocionante, com novas tecnologias a emergir e a abrir caminhos para experiências digitais e mais imersivas.

Os novos comportamentos dos consumidores estão a obrigar o setor de retalho a adotar novos modelos de negócios e, para além disso, as preocupações ambientais e sociais começam a estar na ordem do dia e no centro das operações das grandes marcas mundiais.

Contudo, e apesar de se prever que os próximos meses sejam muito interessantes para o setor, não será um ano fácil. A pandemia provocada pela COVID-19, as novas variantes, o fraco nível de vacinação em algumas partes do mundo, as questões de abastecimento de 2021 - especialmente as causadas pela escassez de componentes como o caso dos chips – são situações que ainda não estão ultrapassadas e têm ainda um impacto muito significativo nas atividades do setor. O impacto da inflação, provocado, em grande parte, pela guerra na Ucrânia, é ainda outro problema a ter em conta dada a pressão que coloca nas finanças dos consumidores.

Com base neste cenário, apresenta-se de seguida seis grandes tendências a serem observadas pelos retalhistas em 2022, propostas pelos nossos especialistas.

A Geração Z começa a gastar o seu dinheiro e torna-se num novo consumidor

Atrair a geração Z torna-se ainda mais importante à medida que se tornam potenciais consumidores. A geração nascida entre 1995 e 2010 entrou agora no mercado de trabalho e já não depende dos pais. Além do mais, estes consumidores trazem novos desejos e diferentes necessidades que os retalhistas e marcas precisam de satisfazer.

O retalho num mundo digital

Para uma grande parte do setor do retalho o mundo digital/online já não é novidade. Muitos já estão a seguir esta tendência e a “velha ideia” de que só novas empresas e start-ups é que utilizavam estas ferramentas já não existe. Começamos a ver as grandes empresas do setor a apostar nesta área digital, através de novos produtos, experiências digitais e até através do metaverso.

Shop and Go Go Go

Os consumidores estão, cada vez mais, a exigir uma experiência mais rápida, confortável e, muitas vezes, sem contacto. Desta forma, as lojas sem checkout, as compras por MB WAY e contactless e a entrega ultrarrápida e autónoma estão a tornar-se numa nova “moda” e prioridade para vários clientes.

 

A diversificação do negócio no setor do retalho

O consumo consciente e os novos desafios do mercado estão a encorajar o setor do retalho a diversificar os seus negócios e, em alguns casos, a alterar os modelos utilizados, de modo a utilizarem de forma mais eficiente os seus recursos e encontrarem novas fontes de crescimento.

Os retalhistas apostam na economia circular e sustentabilidade

Os consumidores estão, cada vez mais, a alinhar as suas práticas de consumo com as questões ambientais. A economia circular começa a ter um grande impacto na vida dos consumidores, esperando-se que o setor do vestuário em segunda mão, por exemplo, cresça mais no próximo ano do que a moda rápida.

 

1+1=3 – Colaborar com significado

No próximo ano, estima-se que os retalhistas e as marcas vão colaborar em conjunto, de modo a marcar diferença em relação às principais questões que dominam a atualidade, como é o caso das alterações climáticas.

Quais são as prioridades dos retalhistas para os próximos meses:

Explorar como podem trabalhar o comércio social e atrair a Geração Z.

   

Fazer uso de todos os bens existentes e da reputação da marca para agarrar novas oportunidades e aumentar as margens de lucro.

   

Combater a inflação e a pressão dos custos.

   

Ter em consideração a economia circular e de que forma pode beneficiar do envolvimento do cliente no antes, durante e fim de vida de cada produto.

   

Experimentar o metaverso, melhorar a experiência do cliente e acrescentar valor ao negócio.

   

Trabalhar com os pares da indústria para cocriar soluções transformadoras para questões sociais e ambientais importantes, tais como as alterações climáticas.

   

Promover o envolvimento de todos os stakeholders para construir uma estratégia de mão-de-obra inclusiva e desenvolver empregos mais gratificantes.

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