Health care anywhere Foi salvo
Artigo
Health care anywhere
TMT Predictions 2022
Wearable technology in health care: Getting better all the time
A Deloitte prevê que as vendas de dispositivos para a saúde e bem-estar, tais como adesivos e Smart watches terão um grande crescimento em 2022 – podendo atingir mais de 320 milhões de unidades. Entre 2021 e 2024, espera-se que os "smart patches" apresentem um CAGR de 19%, bem acima da taxa de 11% dos "smartwatches".
Enquanto as empresas tradicionais de cuidados de saúde estão a produzir dispositivos que ajudam os pacientes a monitorizar os seus indicadores de saúde de forma intermitente, como por exemplo pulseiras de pressão arterial e monitores de ECG, a nossa análise centra-se, essencialmente, nos smartwatches e nos adesivos inteligentes, que estão a ser rapidamente adotados pelos consumidores a nível pessoal, e que permitem monitorizar a determinados indicadores de saúde de forma continua.
Um inquérito desenvolvido pela Deloitte em 2021, o Connectivity and Mobile Trends, concluiu que 39% dos inquiridos tinham um smartwatch e usam-nos, na grande maioria, para melhorar a forma física e combater o sedentarismo. No entanto, as pessoas estão, cada vez mais, a utilizar os smartwatchs para monitorizar a sua saúde, e não apenas o ritmo de corrida ou contagem de passos, uma vez que os novos hardwares, softwares e aplicações os transformaram em clínicas de saúde personalizadas. Os monitores do ritmo cardíaco são agora um must have na maioria dos smartwatches, e alguns têm até aprovação para detetar anomalias como a fibrilação atrial, uma das principais causas de AVC. À medida que estes dispositivos se tornam mais sofisticados, a percentagem de consumidores que os utilizam para gerir condições crónicas e detetar sintomas de doenças graves aumenta.
Com a chegada da pandemia os consumidores sentiram a necessidade de ter um smartwatch para monitorizar a sua saúde, resultando num aumento significativo da procura. À medida que a COVID-19 se espalhava, os smartwatches que medem por exemplo a saturação de oxigénio no sangue, começaram a ser procurados, pois alertavam as pessoas que tinham níveis reduzidos de oxigénio no sangue - um sintoma de risco muito difícil de detetar. Por exemplo, mais de 10% dos consumidores americanos que possuem smartwatches estão agora a utilizá-los para detetar sintomas de COVID-19. A pandemia pode até ter encorajado as vendas de smartwatch, sendo que 15% dos consumidores americanos que possuem um relógio smartwatch compraram-no após o início da pandemia.
A tecnologia associada ao Smartwatch está a progredir rapidamente, impulsionada pelos avanços nos sensores, semicondutores e na inteligência artificial. Por exemplo, alguns smartwatches apresentam agora sensores óticos que medem continuamente variações no volume e composição do sangue usando uma tecnologia chamada fotopletismografia.
Naturalmente, há ainda limites nesta tecnologia, ainda não é possível, por exemplo, ver através da pele, e é aqui que os novos Smart patches, neste caso, os adesivos inteligentes, entram.
Os adesivos inteligentes, desenvolvidas principalmente por empresas medtech, são tipicamente pequenos e discretos, e estão colocados diretamente na pele das pessoas. Alguns destes dispositivos "minimamente invasivos" usam agulhas microscópicas que penetram, sem dor, na pele para atuar como biossensores e, por vezes até, para administrar medicamentos.
Ao contrário dos smartwatches, que fornecem uma vasta gama de dados de saúde, os Smart patches são tipicamente concebidos para uma única indicação, como a monitorização da diabetes, o acompanhamento de doentes e administração de medicamentos. Os Smart patches” são também tecnologicamente mais avançados. Por exemplo, os “smart patches” que medem a variabilidade da frequência cardíaca utilizam frequentemente tecnologia de electrocardiograma que rastreia diretamente a atividade elétrica do coração - com maior precisão do que os smartwatches.
No entanto, e apesar desta vantagem tecnológica, os smartwatches e os smartphones continuam a desempenham um papel importante, visto que funcionam, normalmente, como recetores dos dados medidos pelos smart patches.
Mental health goes mobile: The mental health app market will keep on growing
Os gastos globais em aplicações móveis de saúde mental atingirão cerca de 500 milhões de dólares em 2022. Isto assumindo uma taxa de crescimento anual de 20% - um valor muito conservador, considerando o crescimento de 32% que estas aplicações beneficiaram, de 203 milhões de dólares para 269 milhões de dólares, desde os primeiros 10 meses de 2019 até ao mesmo período em 2020.
Embora 500 milhões de dólares possam parecer pouco em comparação com o mercado global estimado de 1,6 mil milhões de dólares em 2021 para as aplicações de saúde e bem-estar em geral, este número é, na realidade, muito impressionante, uma vez que muitas destas aplicações de bem-estar emocional e mental são gratuitas ou de baixo custo.
Normalmente, estas aplicações são também de fácil acesso e integram-se muito bem nos hábitos diários dos utilizadores, exigem pouco esforço na utilização, proporcionam uma experiência muito agradável e, o melhor de tudo, podem mesmo resultar. Embora não sejam um substituto para o tratamento profissional da saúde mental, todos estes fatores contribuem para a crescente procura destas aplicações.
As aplicações podem ser utilizadas para gerir condições de saúde mental tais como ansiedade ou depressão. Podem ainda ser individuais, permitindo que os utilizadores consigam gerir a sua saúde mental sozinhos, ou em conjunto através, por exemplo, de um canal de apoio ou um chat ao vivo, vídeo e até telefone. Para além de apoiar indivíduos com diagnósticos de saúde mental, as aplicações também podem ser utilizadas para melhorar o bem-estar geral, promovendo a alteração de comportamento, incluindo ao nível da concentração e da meditação.
O mercado é considerável. Quase 800 milhões de pessoas em todo o mundo, ou seja, 11% da população global, vive com um problema de saúde mental. Além disso, os dados mostram que a pandemia provocada pelo vírus SARS-CoV-2 avivou as preocupações com a saúde mental e desencadeou mais patologias, aumentando o número de problemas relacionados com a depressão, a ansiedade, stress, entre outros. Cerca de quatro em cada 10 adultos nos Estados Unidos, por exemplo, relataram sintomas de ansiedade e depressão entre junho de 2020 e março de 2021, em comparação com uma percentagem muito menor entre janeiro e junho de 2019.
Estas aplicações têm várias vantagens: ajudam as pessoas a abordar este tema de forma descontraída, ajudam potenciais doentes a procurar ajuda sem estigmas e tornam este apoio muito mais acessível.
Na China, por exemplo, onde os recursos humanos para o tratamento profissional da saúde mental são frequentemente baixos, mas o estigma em torno das condições de saúde mental é muito elevado, fez com que a procura por aplicações de bem-estar aumentasse mais de 60% nos primeiros 30 dias da pandemia COVID-19 (de 7 de março a 5 de abril de 2020) em comparação com os 30 dias anteriores (de 6 de fevereiro a 6 de março de 2020).
Vale a pena notar, que existe muito pouca regulamentação em torno da saúde mental ou das aplicações “médicas”, o que é motivo de crescente preocupação a nível internacional.
Esta investigação da Deloitte mostra ainda que as aplicações de saúde mental têm claras vantagens clínicas para os seus utilizadores. Dados de ensaios que abrangeram mais de 20 aplicações direcionadas para o alívio de sintomas e gestão da depressão, constataram que a sua utilização reduziu significativamente os sintomas depressivos.
A melhoria do bem-estar tem benefícios tanto económicos como pessoais. Uma má saúde mental coloca uma pressão sobre a economia global. Estimativas pré-pandémicas sugerem que a má saúde mental custa à economia mundial 2,5 triliões de dólares por ano, um custo que aumentará para 6 triliões de dólares até 2030. A perda de produtividade em resultado da ansiedade e depressão representa 1 trilião de dólares deste custo anual.
Explore ainda a Prediction Making Connections aqui.
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