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Fixed wireless access: Gaining ground on wired broadband

O desempenho da Fixed Wireless Access, ou FWA, a tecnologia de acesso via rádio a uma rede de telecomunicações para fornecer serviços de internet, está finalmente a tornar-se mais competitiva. Com mais fundos governamentais e reguladores a verem as ligações sem fios como uma alternativa aceitável às ligações com fios, mais operadoras estão a considerar a opção FWA, especialmente a versão 5G, mais viável para disponibilização de serviços de Internet de banda larga. A Deloitte prevê que o número de ligações FWA crescerá de cerca de 60 milhões em 2020 para cerca de 88 milhões em 2022, com o FWA 5G a representar quase 7% do total.

Com a tecnologia FWA é possível reduzir a rutura digital que temos na sociedade, já que esta permite melhorar a disponibilidade da internet em mercados que anteriormente não conseguiam aceder a este serviço.

A pandemia permitiu-nos dar ainda mais valor à internet, tendo sido muito importante para continuarmos ativos e conseguimos perceber que existe em Portugal, e no Mundo, muitas famílias que ainda não têm acesso a este tipo de serviço, considerado cada vez mais essencial.

Pode ainda ser um desafio justificar investimentos em banda larga em áreas pouco povoadas, ou seja, com poucos assinantes ou terrenos inacessíveis, tais como ilhas ou até mesmo em cidades onde os próprios governos não querem investir.

A FWA pode então ser a solução, uma vez que não utiliza fios, sendo assim possível reduzir o enorme custo inicial e o tempo necessário para obter permissões, fazer obras, colocar fibra e instalar equipamento técnico nas casas e empresas. Além disso, os operadores podem ainda instalar a FWA utilizando as suas redes móveis sem fios e a infraestrutura de backhaul já existente, reduzindo ainda mais os custos.

Antes de existir a tecnologia FWA, países como as Filipinas, África do Sul, Sri Lanka e Turquia não tinham mercado de banda larga, a internet não chegava a muitas pessoas, no entanto, hoje em dia, com a tecnologia FWA isso já não acontece.

O reconhecimento e a necessidade de ter um serviço de Internet de alta velocidade para o desenvolvimento económico de um país está a crescer e muitos governos, em todo o mundo, estão agora a começar a implementar programas de grande dimensão para financiar ou subsidiar a construção de redes em áreas com fraca disponibilidade de acesso.

Quase 90% dos fornecedores que lançaram 5G têm também uma oferta de FWA, existindo ainda cerca de 62% de fornecedores que não lançaram 5G. Os países com operadores que estão fora do portal incluem Austrália, Áustria, Canadá, Finlândia, Noruega, Suíça, Reino Unido, e Estados Unidos, e esperamos que a lista se expanda.

Wi-Fi 6: Unsung, underexposed—and indispensable to the future of enterprise connectivity

Os dispositivos Wi-Fi 6 estão a ultrapassar os dispositivos 5G por uma grande margem, e muito provavelmente continuarão a fazê-lo durante os próximos anos. A Deloitte prevê que mais dispositivos Wi-Fi 6 serão utilizados em 2022 do que dispositivos 5G, na ordem de pelo menos 2,5 mil milhões de dispositivos contra cerca de 1,5 mil milhões. O Wi-Fi 6, tal como o 5G, tem um papel significativo a desempenhar no futuro da conectividade sem fios - não só para os consumidores, mas também para as empresas.

Com tanta publicidade à volta do 5G, é possível que se pense que a próxima geração de redes sem fios irá girar em torno do 5G, com o Wi-Fi 6 a desempenhar um papel de apoio, na melhor das hipóteses. No entanto, e com base num estudo realizado pela Deloitte a 437 empresários do setor de nove países, esta não será uma realidade.

O Wi-Fi 6 e o 5G têm algumas capacidades semelhantes, mas têm também forças diferentes e complementares. Ambas as tecnologias permitem velocidades muito elevadas, não são visíveis e têm uma grande capacidade de rede. As diferenças residem em áreas como o alcance, apoio à mobilidade, facilidade de instalação e custo. O Wi-Fi 6 e os seus antecessores tendem a ser utilizados para redes locais mais pequenas e menos dispendiosas, muitas vezes para ligações em áreas interiores - domésticas ou escritórios, enquanto que as redes do 5G são utilizadas tanto para redes de áreas interiores como exteriores, muitas vezes para dispositivos que se deslocam através de grandes áreas geográficas.

Além disso, ao contrário do que vivemos no passado, as redes Wi-Fi 6 e 5G foram concebidas para funcionarem em conjunto, e parece que a indústria dos “Sem fios” está a caminhar para um futuro em que todos os dispositivos podem circular de forma segura e sem descontinuidade entre todos os tipos de redes sem fios existentes.

Vale ainda a pena notar, contudo, que os países que reportaram os níveis mais elevados de implementação de Wi-Fi 6, como a Alemanha, Brasil, Reino Unido, China e Austrália, foram também os países que reportaram os níveis mais elevados de implementação de 5G. Mais uma vez, é evidente que ambas as tecnologias estão a ser adotadas em simultâneo e que ambas têm um lugar em vários projetos “sem fios”.

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