Atlas da Hotelaria 2020 (15ª edição) Foi salvo
Artigo
Atlas da Hotelaria 2020 (15ª edição)
The end of an era | Rethink what’s normal
É com enorme prazer que lançamos a 15ª edição do Atlas da Hotelaria, uma ferramenta de referência para os setores de hotelaria e turismo em Portugal.
De acordo com o survey realizado aos principais players da indústria, também incluído neste estudo, 31% dos participantes consideraram Lisboa a cidade europeia mais atrativa para o investimento hoteleiro em 2020. Espera-se ainda que as principais fontes de financiamento sejam sobretudo de grupos hoteleiros internacionais e de private equities, sendo a origem do capital maioritariamente europeia.
Durante o ano de 2019, o turismo deu, uma vez mais, provas da sua resiliência. O número de dormidas e hóspedes bateu novos recordes, fazendo com que a procura do setor se mantivesse sólida e em crescimento. A maioria das regiões do país apresentaram ainda uma subida dos níveis de ocupação e RevPAR, o que evidencia a evolução positiva da performance operacional do setor.
De referir que o presente estudo foi elaborado à data de 2019, pelo que não considera os efeitos da pandemia Covid-19 que se fizeram sentir a partir de meados de março de 2020. No entanto, o capítulo do survey aos players da indústria contempla uma análise comparativa das perceções dos inquiridos face às consequências da pandemia a março de 2020 e a julho de 2020.
Agradecemos, uma vez mais, o constante apoio e colaboração dos players do setor na elaboração do Atlas da Hotelaria.
Mensagens-chave:
Investimento ou recessão?
As expectativas em relação à fase de investimento do mercado nacional de hotelaria dividem-se. Cerca de 36% dos inquiridos defende que o setor hoteleiro se encontra em fase de recessão, por outro lado, 36% dos participantes afirmam que o sector se encontra em fase de investimento. Tal como no ano anterior, Porto (44%) e Lisboa (38%) foram identificadas como as cidades portuguesas mais atrativas para investimento hoteleiro em 2021.
Quem serão os financiadores?
50% dos inquiridos afirma que os grupos hoteleiros internacionais e os private equity serão os principais financiadores do investimento neste sector em Portugal. 31% e 19% elegeram, ainda, as sociedades gestoras de fundos de investimento e os investidores institucionais, respetivamente, como principais fontes de investimento para o sector. Espera-se que o capital seja essencialmente de origem europeia (63%), nomeadamente de Portugal (19%). Verificou-se, também, um aumento relevante da proporção do capital proveniente da América do Norte (50%).
A atratividade do mercado Europeu – 31% dos participantes elegeram Lisboa como a cidade europeia mais atrativa para o investimento hoteleiro em 2020. Outras cidades da Europa como Amesterdão, Barcelona, Dublin e Madrid estão também entre as cidades consideradas mais atrativas para os investidores deste sector.
Riscos nos próximos 5 anos
O aumento da oferta de produtos alternativos (56%) e a dificuldade em contratar mão de obra qualificada (50%) são considerados os principais riscos da industria hoteleira portuguesa para os próximos 5 anos. Já no contexto Europeu, o crescimento da economia (73%), os black and grey swans (45%) e os ataques terroristas (33%) são os riscos que mais preocupam a generalidade dos investidores.
Impacte do Covid-19
A maioria dos inquiridos (69% em março de 2020 e 73% em julho de 2020) acredita que se verificará uma redução das taxas de ocupação médias do ano superior a 50%. Entre março e junho de 2020, constatou-se, ainda, um aumento do pessimismo relativo aos preços médios (ADR) do ano. Enquanto em março, a totalidade dos participantes acreditava numa redução da ADR até 25%, em julho, 36% dos inquiridos admitiram ser possível uma diminuição da ADR entre 25% e 50%.
Recuperação do Sector
Também a recuperação do setor regista um aumento do pessimismo dos participantes, entre março e junho de 2020. Em março, a maioria dos inquiridos (54%) acreditava que o início da recuperação do sector dar-se-ia no início de 2021, já em junho, apenas 18% acreditavam numa recuperação no início de 2021, sendo que a maioria (55%) passou a esperar uma recuperação com início no segundo semestre de 2021.
Edições anteriores:
- Atlas da Hotelaria 2019 - 14ª edição
- Atlas da Hotelaria 2018 - 13ª edição
- Atlas da Hotelaria 2017 - 12ª edição
- Atlas da Hotelaria 2016 - 11ª edição
- Atlas da Hotelaria 2015 - 10ª edição
- Atlas da Hotelaria 2014 - 9ª edição
- Atlas da Hotelaria 2013 - 8ª edição
- Atlas da Hotelaria 2012 - 7ª edição
- Atlas da Hotelaria 2011 - 6ª edição